Ceará: com maior salário do clube, Vina tem futuro indefinido com rebaixamento
Para a próxima temporada, o Alvinegro de Porangabuçu deve ter redução de até 50% da folha salarial. O meio-campista tem contrato com o clube até o fim de 2024
19:19 | Nov. 10, 2022
A consequência do rebaixamento do Ceará para a Série B traz impactos relevantes para o planejamento da próxima temporada. Além de precisar lidar com uma nova realidade financeira, o Alvinegro de Porangabuçu terá que readequar o elenco e definir o futuro de alguns atletas importantes, como Vina, que possui o maior salário do clube e tem contrato até o fim de 2024.
No Ceará, o meio-campista ganha em torno de R$ 400 mil mensais. Há, ainda, uma cláusula que garante, a cada temporada, um aumento salarial do atleta. O alto valor, porém, pode se tornar inviável para o Vovô em 2023, tendo em vista que a folha salarial deve sofrer redução de até 50% – passando de cerca de R$ 4 milhões desta temporada para R$ 2 milhões na Série B.
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Diante da situação, o Alvinegro tem alguns caminhos para seguir. Caso não haja acordo para readequação salarial, há a possibilidade de empréstimo por um ano ou negociá-lo em definitivo com outro clube, cenário que poderia gerar alguma compensação financeira para o Vovô.
"É um problema complicado. O Ceará vai ter que enfrentar o desafio do time que cai. O que eu faço com o elenco? Me desfaço do meu elenco, sabendo que se desfazer incorre em custo de rescindir contratos, vai ter que pagar multas enormes. Ou vou manter o elenco com a folha sangrando todos mês sem o mesmo nível de receitas?", comentou o economista Fernando Ferreira, sócio-diretor da Pluri Consultoria, em entrevista ao Esportes O POVO.
Além de Vina, há uma longa lista de atletas com vínculo para 2023, como: Mendoza, Guilherme Castilho (comprado por R$ 9,6 milhões), Michel Macedo, Nino Paraíba, Bruno Pacheco, Richard Coelho, Richard (goleiro), Richardson, Fernando Sobral, Erick, Lima, Zé Roberto, Jhon Vásquez, Messias e Luiz Otávio.
Clima ruim com a torcida
Vina terminou a temporada em clima conturbado com a torcida alvinegra. O principal episódio de atrito aconteceu contra o Goiás, quando o meio-campista foi expulso por reclamação excessiva e prejudicou a equipe, que vencia por 1 a 0 e tinha total controle das ações do jogo. No caminho para o vestiário, respondeu a vaia vinda da arquibancada com palmas irônicas. Dias após, o Ceará optou por multá-lo.