Tiago Nunes demonstra confiança no elenco do Ceará e fala em transitar entre modelos de jogo

Na apresentação oficial, treinador refutou título de "ofensivo", valorizou a parte defensiva do time e disse que é necessário transitar de um modelo para outro a depender da partida e do adversário; Quanto ao elenco, disse que o grupo que está aí é capaz de buscar os objetivos

A primeira coletiva de Tiago Nunes como técnico do Ceará deixou claro o quanto ele acredita no elenco alvinegro e no potencial do clube. O novo comandante do Vovô, inclusive, enumerou os motivos pelo qual, rapidamente, aceitou o convite da diretoria.

"Primeiro pela característica dos atletas, jogadores que são potentes fisicamente e que tem capacidade de jogar em mais de uma posição, muitos deles, também pela performance que o clube já vem demonstrando nas últimas temporadas. O segundo motivo é que a cada ano o Ceará está crescendo, demonstrando capacidade de também competir por títulos, não só competir por vagas. Me seduz esse tipo de desafio [...] Somado às informações externas, da condução política do clube, através de uma instabilidade, do último trabalho do Guto (Ferreira), que foi de mais de um ano e meio. Isso dá confiança para o treinador imaginar que ele possa ter uma longevidade”, explicou.

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Apesar dos elogios, Nunes não fez promessas e disse apenas que está no Ceará para “dar o máximo de contribuição possível, principalmente tentar manter a boa campanha do clube; repetir e melhorar a campanha do ano passado”. Em 2020, o Vovô foi o 11º colocado da Série A, com 52 pontos, conquistando vaga para a Copa Sul-Americana, sendo, até então, a melhor participação na divisão principal do Campeonato Brasileiro.

O novo treinador sabe, no entanto, que a mudança no comando técnico não aconteceu por resultados, mas por desempenho do time em campo. A cobrança da torcida é por um time mais ofensivo, com mais repertório e menos previsível. Tiago Nunes avisou, no entanto, que não imprime apenas um estilo de jogo nas equipes que comanda.

"Eu sou avesso a rótulos, principalmente esses que estão cada vez mais estabelecidos de que um treinador é ofensivo e outro defensivo, que se tem obrigação de jogar propondo o jogo todo. Sou profissional de formação acadêmica, tenho mais de 20 anos de vivência dentro do futebol de formação e profissional e sempre tive o cuidado de tentar explorar todos os momentos do jogo. Já treinei equipes extremamente defensivas, que jogavam no contra-ataque, já treinei equipes extremamente ofensivas, que propunham o jogo dentro e fora de casa a qualquer custo. Vai muito da característica dos jogadores, das circunstâncias do adversário. Eu penso que o treinador deve ter a qualidade de saber transitar entre todos os modelos de jogo, não ser especificamente especializado em um”, avalia.

O novo treinador do Ceará disse entender que a essência do futebol brasileiro é de um futebol ofensivo, vistoso e plástico, mas que o calendário apertado dificulta uma continuidade de jogo mais técnico e quem tem elencos menores precisa transitar entre as ideias de jogo. Nunes falou, inclusive, em aproveitar o que o time já tem estabelecido, como herança de Guto Ferreira.

“Vamos aproveitar defensivamente o que já se tem, que é uma equipe muito estruturada, com transição muito forte, jogadores com essa característica, fisicamente muito potentes e sim, tentar explorar, no momento certo, as capacidades técnicas, os jogadores que têm exponencial para tentar resolver o jogo dentro de cada momento”, disse.

À respeito de reforços, Tiago Nunes brincou com o presidente Robinson de Castro e disse que teria que convencê-lo a abrir a carteira, mas garantiu que tem total confiança no elenco e afirmou que se não chegar mais ninguém, acredita que a equipe pode alcançar os objetivos traçados com o atual grupo.

"O grupo é competente, tem qualidade, é competitivo, mas se houver a possibilidade de agregarmos mais qualidade, sem dúvida, vamos ver as possibilidades. Temos que ter cuidado, não é contratar por contratar, é buscar atletas que venham realmente para acrescentar qualidade, aumentar disputa interna pelas posições, a competitividade. Vamos discutir nos próximos dias, se houver possibilidade, sim, mas se por acaso se não vier, penso que o grupo é competitivo e tem qualidade suficiente para alcançar os objetivos que foram traçados", concluiu.

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