Ceará mantém porcentagens de jogadores e fatura milhões com vendas posteriores

Vovô tem faturado milhões com a venda direta e em negociações posteriores dos mesmos atletas por manter porcentagem dos direitos econômicos

A diretoria do Ceará tem adotado estratégias assertivas na compra e venda de jogadores e mostrado atuação agressiva no mercado da bola. Entre elas está o acordo firmado na saída de atletas e a manutenção de porcentagens para futuras transações, o que tem movimentado milhões nos cofres alvinegros.

O caso mais recente envolve o ex-meia do Vovô, Thiago Galhardo, um dos destaques do futebol brasileiro e com convocação recente para a seleção. Depois de deixar o Ceará no início de 2020, ele se transferiu para o Internacional, onde já disputou 51 jogos e marcou 22 gols e é o vice-artilheiro da Série A, com 16 tentos.

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O dono da camisa 17 do Colorado está prestes a deixar a equipe gaúcha rumo ao Al-Hilal, da Arábia Saudita, por US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões na cotação atual) por seis meses de contrato, segundo o colunista do Zero Hora, Eduardo Gabardo.

O Ceará tem 20% dos direitos econômicos em qualquer negociação envolvendo o meia de 31 anos. Caso se concretize a transação, o Alvinegro do Porangabuçu pode receber aproximadamente R$ 2 milhões.

A porcentagem pertencente ao Ceará foi acertada em acordo feito na saída de Galhardo para o Internacional, em janeiro de 2020. Na época, o jogador, que se destacou pelo Vovô na Série A 2019 e terminou como artilheiro da equipe com 12 gols, ainda tinha contrato até o fim de 2020.

No acordo de liberação com o Ceará, os valores que Galhardo tinha para receber de fins rescisórios ficaram como pagamento pela quebra de contrato. Além disso, o Vovô manteve 20% dos direitos econômicos do atleta.

De 2018 pra cá, a diretoria do Ceará faturou R$ 33,1 milhões com a venda direta e negociações posteriores dos mesmos atletas por manter porcentagens de direitos econômicos. É o caso de Richardson, Arthur Cabral, Valdo e Artur Victor.

O atacante revelação da base alvinegra, Arthur Cabral, foi até o momento o negócio mais rentável da história do clube. A diretoria do Porangabuçu vendeu 50% dos direitos econômicos do centroavante ao Palmeiras, em 2018, por R$ 5,5 milhões ficando com a outra metade da porcentagem.

Em 2020, o Basel-SUI comprou o jovem por R$ 26,9 mi e o Ceará recebeu R$ 13,4 mi. Os cearenses ainda mantém 15% do jogador para uma futura venda.

Outra revelação da base, Artur Victor rendeu R$ 6 milhões aos cofres do Ceará. O Vovô detinha 30% do atleta, que estava no Palmeiras e foi vendido ao Bragantino R$ 25 milhões, vendeu 25% da sua parte e manteve 5%.

Já Richardson e Valdo movimentaram o caixa do Vovô em transações somadas de R$ 8,2 mi para o futebol japonês. O clube cearense mantém 20% dos direitos econômicos de cada atleta.

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