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CBF diz que comunicação paralela com o árbitro de campo causou decisão polêmica em Ceará e São Paulo

Comissão de Arbitragem revelou o passo a passo da decisão que anulou o gol de Pablo mesmo após a partida ter sido reiniciada

A Comissão Nacional de Arbitragem se manifestou, por meio de nota no site da CBF, sobre o lance polêmico da partida entre Ceará e São Paulo, válida pela 16ª rodada da Série A do Brasileiro. Na ocasião, o árbitro Wagner Magalhães-FIFA/RJ mudou uma decisão por orientação do VAR após ter autorizado o reinício da partida.

O lance referido foi o gol anulado de Pablo, do São Paulo. O assistente 1, Silbert Sisquim-RJ, marcou impedimento do atacante tricolor logo após o tento sair. O árbitro de vídeo, no entanto, interferiu e comunicou que a posição do jogador era legal, portanto o gol deveria ser validado. Wagner Magalhães não foi ao monitor porque tratava-se de uma correção factual, não interpretativa.

SÃO PAULO: Polêmica! Veja gol anulado por arbitragem no empate contra o Ceará

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Depois disso, o árbitro de campo autorizou o reinício da partida e segundos depois parou o jogo novamente, ouvindo nova orientação do VAR, que agora indicava posição irregular de Pablo, orientando então que o gol fosse anulado. Apesar da invalidação ser correta, Wagner Magalhães não poderia ter mudado de decisão após reiniciar a partida, porque isso caracteriza um erro de direito.

A nota da Comissão Nacional de Arbitragem explica que o árbitro de campo teve a comunicação com o VAR prejudicada por um diálogo paralelo com o quarto árbitro, à respeito da aplicação de um cartão amarelo em um jogador do Ceará. Por esse motivo, Wagner Magalhães não teria ouvido a orientação de Carlos Eduardo Nunes Braga, o árbitro de vídeo, para que a partida não fosse reiniciada, já que uma segunda checagem estava sendo feita, na origem do lance.

Ao saber da nova orientação, imediatamente, o árbitro de campo invalidou o gol. A CA/CBF reforça ainda que o tento foi invalidado de forma correta. A entidade disse ainda que facultou a ida dos clubes envolvidos em sua sede, no Rio de Janeiro, para ter os esclarecimentos necessários.

A nota não fala, porém, sobre quaisquer punições à equipe de arbitragem envolvida na partida, tampouco sobre a possibilidade de que os clubes contestem judicialmente o duelo. O Ceará já disse que não pretende acionar a justiça desportiva quanto ao fato. Até o momento, o São Paulo também não buscou o STJD. 

Veja nota completa da CBF:

Após a análise dos áudios e imagens da cabine do VAR e dos fatos ocorridos na partida entre Ceará Sporting Club e São Paulo Futebol Clube, realizada nesta quarta-feira (25), pelo Campeonato Brasileiro da Série A, a Comissão Nacional de Arbitragem esclarece a cronologia dos acontecimentos que levaram à anulação de gol do São Paulo Futebol Clube:

1 – Importante registrar que, inicialmente, a arbitragem de campo, diante do lance concluído, marcou impedimento do atacante do São Paulo, invalidando o gol.

2 – Após a primeira checagem da jogada de ataque do São Paulo, o árbitro de vídeo informou tratar-se de lance legal, o que fez com que o árbitro central validasse o gol para a equipe visitante de forma factual, ou seja, sem necessidade de ir até a área de revisão.

3 – Constatado que haveria mais um lance a ser revisado, o árbitro de vídeo imediatamente iniciou este segundo procedimento de checagem, momento em que solicitou ao árbitro central que aguardasse o processo ser concluído para, aí sim, determinar o reinício da partida.

4 – Acontece que uma comunicação paralela, mantida entre o árbitro central e o quarto árbitro, a respeito da aplicação de um cartão amarelo para um jogador do Ceará, prejudicou a comunicação que vinha sendo mantida entre o árbitro de campo e o VAR. E fez com que o árbitro central não ouvisse a solicitação da cabine do VAR e autorizasse o reinício da partida.

5 – Imediatamente o VAR alertou ao árbitro, que interrompeu a partida para que o procedimento de checagem, que já estava em curso antes do reinício, fosse concluído.

6 – Por fim, o VAR comunicou ao árbitro central que o lance que deu origem ao gol foi ilegal e que, portanto, deveria ser mantida a decisão inicial da arbitragem de campo, que invalidou o gol de forma correta.

Diante do ocorrido, a Comissão Nacional de Arbitragem facultou aos clubes envolvidos na partida a possibilidade de comparecerem à sede da Confederação Brasileira de Futebol para os esclarecimentos que se façam necessários.

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