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Com falha da defesa, Ceará perde para o Goiás na estreia de Adílson Batista

Michael aproveitou domínio ruim do zagueiro Valdo e fez o único gol da vitória esmeraldina
17:59 | Out. 06, 2019
Autor Vinícius França
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Vinícius França Repórter de Esportes do O POVO
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Tipo Notícia

Na estreia de Adílson Batista, o Ceará foi derrotado pelo Goiás por 1 a 0 na Arena Castelão e chegou ao seu nono jogo sem vencer no Brasileirão. Num primeiro tempo morno, o zagueiro Valdo falhou ao dominar uma bola e Michael aproveitou para estufar as redes de Diogo Silva. Com o resultado, o Alvinegro continua com 23 pontos, mas caiu para a 16ª posição e é o primeiro time fora do Z4. O Esmeraldino, por sua vez, chegou aos 33 pontos e agora ocupa a 10ª posição.

Mesmo tendo comandado o seu primeiro treino na quinta-feira, 3, Adílson Batista já mudou o esquema no seu primeiro jogo à frente do Ceará. A principal diferença foi a ausência de um centroavante. Em teste, o técnico colocou Thiago Galhardo mais adiantado, como falso nove, enquanto Lima, Mateus Gonçalves e Leandro Carvalho ditavam o ritmo da equipe. Na prática, o time se distribuiu em campo como um 4-2-4, fruto da necessidade do Alvinegro de Porangabuçu em conseguir a vitória e quebrar a sequência de oito jogos sem triunfar.

Nos primeiros dez minutos, o jogo não teve nenhum lance de perigo real. A forma como o Vovô chegava ainda lembrava muito os jogos com Enderson Moreira, tentando trabalhar pelos lados de campo. O Goiás, por sua vez, chegou poucas vezes. Em uma delas, o meia Léo Sena tentou pegar de primeira sozinho na grande área, mas a bola saiu sem direção e não assustou o goleiro Diogo Silva.

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O Ceará foi começar a animar a torcida presente nas arquibancadas aos 13 minutos, quando Ricardinho roubou uma bola e passou para Mateus Gonçalves, que arrancou até a linha de fundo, mas não conseguiu o gol. Aos 15, o zagueiro Rafael Vaz errou na saída de bola e gerou um contra-ataque que o Alvinegro não conseguiu aproveitar.

Por volta dos 20 minutos de jogo, o Goiás teve quatro escanteios em sequência. Nenhum deles conseguiu levar perigo à defesa alvinegra, que procurava estar bem postada nas cobranças. A primeira chance boa do Ceará no jogo veio após troca de passes entre Samuel Xavier e Leandro Carvalho, que acabou com uma finalização de Thiago Galhardo bloqueada pelo zagueiro Fabio Sanches.

O jogo caminhava morno, com poucas chances e sem muito objetividade. Mas um lance fortuito mudaria a história do primeiro tempo. Ao receber uma bola fácil de ser dominada, Valdo falhou e Michael, que estava perto do lance, tomou a bola, avançou e bateu no ângulo de Diogo Silva, abrindo o placar para o Goiás.

A partir do gol do Esmeraldino, o que se viu foi um verdadeiro bombardeio dos donos da casa, que buscavam igualar o placar de qualquer maneira. Mas a defesa dos visitantes, bem postada, impedia praticamente toda chance real de gol. O goleiro Tadeu, que vem fazendo um bom campeonato, fez intervenções precisas, principalmente em um chute de Leandro Carvalho, aproveitando sobra de bola na grande área.

Depois dessa blitz, porém, quem tomou conta do jogo foi o Goiás. Encurralado, o Ceará se defendia das investidas do adversário à medida que a sua torcida ia perdendo a paciência nas arquibancadas. Desorganizado, o Alvinegro não levava perigo nas suas chegadas e não mexeu mais no placar até o fim do primeiro tempo. Na saída do campo, as vaias ecoaram pela Arena Castelão.

No início do segundo tempo, Adílson Batista viu que sua proposta inicial não deu certo e tirou Lima e Leandro Carvalho para colocar Felippe Cardoso e William Oliveira, que com 3 minutos de jogo, tomou cartão amarelo por falta dura em Léo Sena. Dois minutos depois, João Lucas levou perigo ao gol de Tadeu em um chute de primeira que passou bem perto da meta. Rapidamente, o Goiás tomou o controle da partida, pressionando bastante o Ceará mesmo com a vantagem no placar.

O Vovô equilibrou depois dos primeiros 15 minutos. Pela direita, com Fabinho atuando quase como um ponta, a equipe tentou construir seus principais lances de ataque, com cruzamentos. Em uma dessas jogadas, os atletas do Ceará reclamaram de um puxão na camisa de Valdo. Com a ajuda do VAR, o árbitro foi rever o lance no monitor à beira do campo e marcou a penalidade máxima. Thiago Galhardo desperdiçou, cobrando no travessão.

Aos 30 minutos, a situação foi ficando mais dramática. João Lucas passou boa bola para Felippe Cardoso, que finalizou certo, mas Tadeu fez uma defesaça para evitar o gol. Buscando manter a ofensividade, Adílson tirou Mateus Gonçalves e colocou Juninho Quixadá. Aos 41, o meia, que não jogava desde a 12ª rodada, recebeu sozinho na marca do pênalti e chutou para fora, numa oportunidade clara. O jogador ainda teve outra chance um minuto depois, quando chutou na trave após cobrança de escanteio.

Os minutos finais foram de uma tentativa de abafa alvinegro que esbarrou na desorganização e na insistência em jogadas que não produziam nada, principalmente pelas pontas. Aos 52 minutos, o apito final soou para decretar mais um jogo do Ceará sem vencer.

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