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Empresário reclama tratamento dado pelo Ceará a Magno Alves: "merecia mais carinho, um jogo despedida, um abraço"

11:21 | Dez. 20, 2017
Autor Bruno Balacó
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Bruno Balacó Jornalista de esportes
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Tipo Notícia
[FOTO1] Um ídolo magoado. Um dia após o presidente do Ceará, Robinson de Castro, decretar o fim da passagem de Magno Alves como jogador do Alvinegro, o empresário do atleta, Maurício Nassif, veio a público manifestar seu descontentamento com a forma como o jogador foi tratado em seu desligamento com a equipe.

Em nota enviada à imprensa, Nassif rebateu as declarações de Robinson que, entre outras coisas, afirmou que o jogador "estava mal-assessorado", relatando o descaso que a diretoria teve ao definir o futuro do atleta após o término da Série B do Campeonato Brasileiro.

"Gostaria de dizer que fiquei bastante decepcionado com a forma como a situação foi conduzida e o contrato do Magno Alves foi encerrado.  Nunca nos procuraram. Eu tive que ir pessoalmente a Fortaleza e fui recebido pelo presidente, Robinson de Castro, pelo Ângelo Oliva e pelo Marcelo Segurado. Na reunião senti que todos eles já tinham a opinião formada em não renovar com o Magno, mesmo assim falaram que iam nos dar uma posição de pelo menos assinar mais quatro meses pra fazer o cearense e a Copa do Nordeste, assim que renovassem com o treinador, o que também não aconteceu. Renovaram e não falaram nada. Magno esperou o quanto pôde", disparou o empresário.

Nassif também relembrou outro argumento citado pelo dirigente como sendo decisivo pela não renovação de contrato: a baixa média de minutos que o atleta esteve em campo pelo time em 2018. "Mesmo jogando pouco foi o artilheiro do ano com 10 gols e ainda deu 5 assistências.
Robinson de Castro falou em minutagem e se em poucos minutos ele foi o melhor, imagina jogando mais", rebate.

Por fim, o empresário enfatiza a mágoa do atleta e reclama também que houve falta de gratidão pelos serviços prestado pelo atleta, 6º maior goleador da história do Ceará, com 103 gols anotados com a camisa do Ceará. "Faltou carinho e atenção com o ídolo, com um líder do grupo e mais ainda faltou coragem em chamarem ele para uma conversa ao vivo ou algo assim. Logo ele que deu tanto para o Ceará", continuou o representante do atacante, enfatizando a mágoa que ele o atleta tiveram com o tratamento dado pelo clube, ao destacar que o jogador "merecia mais carinho, um jogo despedida, um abraço".

Confira a nota na íntegra:

"Em resposta à entrevista do presidente Robinson de Castro, gostaria de dizer que fiquei bastante decepcionado com a forma como a situação foi conduzida e o contrato do Magno Alves foi encerrado.
Nunca nos procuraram. Eu tive que ir pessoalmente a Fortaleza e fui recebido pelo presidente, Robinson de Castro, pelo
Ângelo Oliva e pelo Marcelo Segurado. Na reunião senti que todos eles já tinham a opinião formada em não renovar com o Magno, mesmo assim falaram que iam nos dar uma posição de pelo menos assinar mais quatro meses pra fazer o cearense e a Copa do Nordeste, assim que renovassem com o treinador, o que também não aconteceu. Renovaram e não falaram nada. Magno esperou o quanto pôde. Foi procurado por toda a imprensa mas teve que viajar pra Bahia. Sempre que eu falava com o Ângelo ouvia que tinha que esperar. Eles não liberavam o Magno mesmo sabendo que não queriam mais. Na volta da viagem Magno falou o que estava no coração. Ele sentiu muito a forma como tudo foi conduzido. Sem nenhuma consideração de pelo menos uma resposta. Faltou carinho e atenção com o ídolo, com um líder do grupo e mais ainda faltou coragem em chamarem ele para uma conversa ao vivo ou algo assim.
Logo ele que deu tanto para o Ceará. Sou prova de que muitos convites surgiram enquanto esteve no clube nessas três passagens. Mas Magno recusou muitos. E quando foi em busca de novos desafios, sempre retornou, não por falta de opção.
Mas o futebol não tem gratidão e isso eu sei bem pois estou nesse ramo há 18 anos.
Cheguei a ouvir do Ângelo Oliva que uma renovação por parte do Ceará, na cabeça do presidente, seria um favor ao Magno e que o salário não poderia ser mais de 20 mil reais. E isso tudo tive que falar pro Magno para ele ver que o que sentia pelo Ceará não era recíproco nesse momento, já que com o ex presidente era bem diferente.
Ano inteiro sem ir ao DM. Mesmo jogando pouco foi o artilheiro do ano com 10 gols e ainda deu 5 assistências.
Robinson de Castro falou em minutagem e se em poucos minutos ele foi o melhor, imagina jogando mais.

Agora o tempo dirá quem estava certo. Torço para o Ceará fazer um grande ano em 2018. As pessoas passam e o clube fica. E lá na frente vai estar escrito na história desse grande clube tudo que o Magnata fez por ele.

Merecia mais carinho, um jogo despedida, um abraço...

E de tudo o que faltou e o que ele
mais sentiu foi a falta desse abraço. Quem conhece o Magno e toda a humildade dele sabe muito bem o que estou falando.

Ele vai continuar jogando e sendo feliz. Não vai deixar ninguém aposentá-lo antes da hora. Ainda vai surpreender a muitos.

Maurício Nassif
Empresário do Magno Alves"

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