Ceará vence Fortaleza, amplia tabu em Clássicos-Rei no Nordestão e entra no G-4

Com a vitória, o time de Vagner Mancini saltou da lanterna do Grupo A — posição pré-clássico, devido à vitória do América-RN — para a 4ª colocação. O Fortaleza, por sua vez, permanece na 2ª colocação do Grupo B, com oito pontos

O Ceará venceu o Fortaleza por 1 a 0 nesta quarta-feira, 20, na Arena Castelão, em Fortaleza–CE, pela 6ª rodada da Copa do Nordeste. Raí Ramos, aos 20 minutos do 2° tempo, marcou o tento da vitória do Alvinegro de Porangabuçu.

Com a vitória, o time de Vagner Mancini saltou da lanterna do Grupo A — posição pré-clássico, devido à vitória do América-RN — para a 4ª colocação. Em seis partidas, registra nove pontos e volta a depender apenas de si para conquistar vaga no mata-mata do Nordestão. O Fortaleza, por sua vez, permanece na 2ª colocação do Grupo B, com oito pontos. A derrota, inclusive, impede o Leão do Pici de buscar o Bahia — com 15 — na liderança.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

O resultado conquistado no Clássico-Rei também amplia o tabu entre os rivais cearenses na Copa do Nordeste. A única vitória obtida pelo Fortaleza contra o Ceará aconteceu há 23 anos, em 2001. Desde então, foram 12 partidas, com seis vitórias do Alvinegro de Porangabuçu e seis empates.

FORTALEZA 0 X 1 CEARÁ | O JOGO

O primeiro tempo do segundo encontro entre Fortaleza e Ceará na temporada ficou marcado pelo equilíbrio. Juan Pablo Vojvoda escalou o Tricolor do Pici com quatro atacantes, sendo Imanol Machuca o meio-armador, podendo utilizar-se da mobilidade para flutuar em campo e confundir a defesa adversária.

A estratégia deu certo durante os 20 minutos iniciais, com o Leão sendo superior ao Alvinegro de Porangabuçu em campo. Neste período, criou as duas melhores chances da partida: Kuscevic, aos 6, acertou a trave de Richard, enquanto Yago Pikachu, aos 7, parou no arqueiro do Ceará. A equipe de Vojvoda tinha como objetivo encurtar o espaço, sobretudo na fase de construção do Vovô, impedindo que os zagueiros contribuíssem na ligação defesa-ataque.

Com a diminuição do ritmo inicial, o Ceará conseguiu igualar o confronto e passou a controlar o meio-campo, principalmente com Lourenço. Guilherme Castilho e Aylon, este caindo por dentro e pela direita, também contribuiam. Aos 17, o ponta-direita acionou Facundo Barceló nas costas da defesa do Fortaleza, mas o camisa 31 parou em João Ricardo.

Além do arremate do uruguaio, o time de Mancini buscou os cruzamentos para agredir o Fortaleza, mas não conseguiu ter êxito. Raí Ramos era o principal responsável por alçar bolas na área, mas teve baixo aproveitamento. De cabeça, Matheus Felipe e Ramon Menezes tiveram oportunidades, mas não conseguiram aproveitar.

A intensidade apresentada pelas duas equipes resultou em três lesões no primeiro tempo, sendo duas do Ceará (Guilherme Castilho e Aylon) e uma do Fortaleza (Tinga). Pelo lado Alvinegro, Mancini acionou Lucas Mugni e Facundo Castro, mudando um pouco do dinamismo que o time de Porangabuçu havia apresentado. Com a saída do ponta-direita, Lourenço passou a ser o homem responsável por ligar defesa-ataque, tendo protagonismo no meio-campo.

A saída de Tinga não impactou muito no Fortaleza, apesar do lateral-direito ter tido boa participação enquanto esteve em campo. Para o lugar do camisa 2, Vojvoda acionou Dudu.

O Tricolor do Pici voltou para a partida pressionando o Ceará. Logo aos 6 minutos, Moisés recebeu na ponta-esquerda, finalizou cruzado e Richard defendeu. No rebote, Dudu arriscou, mas a bola explodiu em Erick Pulga. Os tricolores pediram pênalti, alegando toque no braço do atacante do Alvinegro, mas o árbitro Caio Max mandou seguir.

Enquanto o Fortaleza dominava as ações, o time de Porangabuçu tentava acelerar nas transições, mas não conseguir ter êxito, perdendo o meio-campo. Apesar de não conseguir repetir a performance da etapa inicial, o Ceará abriu o marcador na Arena Castelão com Raí Ramos. Após cobrança de escanteio de Lucas Mugni, a bola sobrou para o lateral-direito, que arrematou no canto direito de João Ricardo. Antes, o camisa 2 havia parado no arqueiro em arremate de fora da área.

Em desvantagem no placar, o Tricolor do Pici se lançou ao ataque. Aos 32 minutos, Calebe acionou Juan Martín Lucero nas costas da defesa. O argentino dominou e finalizou, mas Richard defendeu.

Para municiar o ataque, Vojvoda promoveu a entrada de Tomás Pochettino na vaga de Zé Welison. Na primeira participação do meio-campista, encontrou Lucero livre na área. O argentino ajeitou para Moisés, mas o ponta-esquerda perdeu a oportunidade cara a cara com Richard.

No lance seguinte, aos 36, uma oportunidade de ampliar o marcador caiu nos pés de Saulo Mineiro, após Erick Pulga cruzar rasteiro na área. O camisa 73 finalizou em cima de João Ricardo.

Fortaleza 0 x 1 Ceará | Ficha Técnica

4-3-3: João Ricardo; Tinga (Dudu), Kuscevic, Tomás Cardona e Bruno Pacheco; Zé Welison (Tomás Pochettino), Kauan Rodrigues (Lucas Sasha) e Imanol Machuca (Calebe); Yago Pikachu (Marinho), Moisés e Juan Martín Lucero. Técnico: Juan Pablo Vojvoda.

Ceará
4-3-3: Richard; Raí Ramos, Matheus Felipe, Ramon Menezes e Matheus Bahia; Richardson, Lourenço (David Ricardo) e Guilherme Castilho (Lucas Mugni); Aylon (Facundo Castro -> Janderson), Erick Pulga e Facundo Barceló (Saulo Mineiro). Técnico: Vagner Mancini.

Local: Arena Castelão, em Fortaleza–CE
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN)
Assistentes: Jean Marcio dos Santos (RN) e Luis Carlos de Franca Costa (RN)
Quarto Árbitro: Luciano da Silva Miranda Filho (CE)
Cartões amarelos: Zé Welison, Tomás Pochettino e Kuscevic (Fortaleza) | Guilherme Castilho, Matheus Bahia e Richardson (Ceará)
Cartões vermelhos: N/A
Gols: Raí Ramos (20'2°T)

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar