Ex-Fortaleza, Machuca teria falsificado documentação para atuar na Malásia; entenda

Ex-Fortaleza, Machuca teria falsificado documentação para atuar na Malásia; entenda

Relatório da Fifa aponta falsificação em documentos da avó de Machuca. Jogador foi suspenso por um ano junto a outros seis atletas
Atualizado às Autor Lara Santos Tipo Notícia

Sete jogadores da Associação de Futebol da Malásia (FAM) foram punidos pelo Comitê Disciplinar da Fifa por falsificação de documentos sobre a origem de parentes na última semana. Entre eles está Imanol Machuca, atacante do Fortaleza — atualmente emprestado ao Vélez Sarsfield-ARG.

No início do ano, durante o processo de naturalização para disputar as eliminatórias da Copa da Ásia de 2027, a FAM encaminhou à Fifa certidões de nascimento indicando que os avós dos sete atletas haviam nascido em cidades da Malásia.

Durante a investigação, porém, a Fifa teve acesso aos registros originais e constatou que os familiares eram naturais de países como Espanha, Argentina, Brasil e Países Baixos. Mesmo assim, foram apresentados como malaios nos documentos oficiais.

Na documentação apresentada pela FAM, a avó de Machuca, Concepción Agueda Alaniz, é nascida em Penang, no noroeste da Malásia. Entretanto, após verificar documentos originais, a entidade teria descoberto que ela é natural de Roldán, na Argentina, mesma cidade onde o atacante nasceu.

Após conseguir a naturalização malaia, em junho, Machuca e os outros seis jogadores atuaram na goleada de 4 a 0 contra o Vietnã. Desde então, o atleta entrou em campo pelo Vélez em 13 partidas, inclusive no empate contra o Fortaleza, pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores.

Sanções da Fifa

Após confirmar as irregularidades, a Fifa multou a FAM em 350 mil francos suíços (cerca de R$ 2,3 milhões) por violar o Código Disciplinar. Os sete atletas — Gabriel Felipe Arrocha, Facundo Tomás Garcés, Rodrigo Julián Holgado, Imanol Javier Machuca, João Vitor Brandão Figueired, Jon Irazábal Iraurgui e Hector Alejandro Hevel Serrano — foram suspensos por 12 meses e também multados individualmente em 2 mil francos suíços (aproximadamente R$ 13 mil).

O que diz a FAM?

Mesmo após a invetigação da Fifa, a entidade malaia afirma que a concessão de cidadania ocorreu após rigorosa checagem do Departamento Nacional de Registro (NRD), que teria confirmado a elegibilidade dos jogadores com base na naturalidade de seus avós. 

Por meio de publicação em seu eprfil oficial no X, a ministra dos Esportes da Malásia, Hannah Yeoh, lamentou a decisão da Fifa: “Nós e os jogadores realizamos os procedimentos com cuidado e sensatez e comparamos os documentos com as autoridades nacionais. A Fifa não tem motivos nem autoridade para questionar ou se opor às decisões do governo.”

Após a divulgação do relatório, a FAM e os jogadores devem recorrer ao Comitê de Apelações da Fifa em até três dias. O recurso precisa ser formalizado em até cinco dias, acompanhado do pagamento de uma taxa de 1.000 francos suíços.

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