Justiça brasileira rejeita pedido de extradição de Robinho à Itália

O pedido havia sido oficialmente enviado pelo Ministério de Justiça italiana no início de outubro deste ano, quase nove meses após a confirmação da sentença

O Brasil rejeitou o pedido de extradição de Robinho à Itália. O pedido havia sido oficialmente enviado pelo Ministério de Justiça italiana no início de outubro deste ano, quase nove meses após a confirmação da sentença. O ex-jogador e seu amigo Ricardo Falco foram condenados em última instância a nove anos de prisão por estupro.

A informação foi divulgada pela agência italiana de notícias Ansa. Segundo o periódico, a recusa se deu com base no artigo 5º da Constituição Federal, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros. No entanto, a Itália poderá pedir o cumprimento da pena no Brasil.

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Em janeiro de 2022, Robinho foi julgado em última instância na Corte de Cassação de Roma. Seus advogados apresentaram o último recurso, que foi negado pela corte. Ainda em janeiro, o Supremo Tribunal da Itália confirmou a decisão do Tribunal de Justiça de Milão, tomada em 2020.

A dupla foi setenciada pelo artigo "609 bis" do código penal italiano. A vítima alega que Robinho e seus amigos a embriagaram até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor". Segundo a reconstrução do caso, feita pelo Ministério Público da Itália, o grupo levou a jovem até o camarim de uma boate, e, se aproveitando de seu estado, "praticou múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela". Já os defensores do atacante afirmam que a relação foi "consensual".

Robinho está livre no Brasil e passa a maior parte do tempo em casa, localizada em Guarujá, São Paulo. Ele não pode sair do país, já que a Itália emitiu mandado de prisão internacional. Até o momento, a Justiça Italiana não conseguiu que o ex-atacante cumpra pena em solo europeu, uma vez que a Constituição Federal de 1988 não permite que o jogador seja extraditado. (Com Gazeta Esportiva)

Relembre o caso

O caso de estupro aconteceu em uma boate de Milão, em janeiro de 2013. A violência sexual foi cometida contra uma mulher albanesa que comemorava seu aniversário. Além do atacante, que na época jogava pelo Milan, e Ricardo Falco, outros quatro brasileiros foram denunciados por participação no ocorrido. Na época das investigações na Itália, os envolvidos já haviam deixado o país, por esse motivo não foram processados.

Quando foi interrogado, em 2014, Robinho admitiu relação sexual com a vítima, porém negou as acusações de estupro. O processo, iniciado em 2016, teve a primeira sentença no fim de novembro de 2017. A defesa do jogador alegou, na ocasião, que era impossível provar que a mulher estava em condição de inferioridade psíquica e física, conforme texto da sentença.

Em outubro de 2020, Robinho foi contratado pelo Santos, entretanto, o clube suspendeu o vínculo com o jogador, após pressão da torcida e de patrocinadores. Em dezembro de 2020, a Corte de Apelação de Milão, segunda instância da justiça, confirmou a pena de nove anos de prisão do atacante e de Falco.

 

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