Gigantes do futebol brasileiro sofrem com más gestões e amargam rebaixamentos

A Série B mais disputada dos últimos anos mostra que só irá sobreviver quem tiver planejamento

Uma Série B diferente. E ainda mais difícil. Primeiro, porque poucas vezes vimos tantos clubes com camisas pesadas tentando o acesso à primeira divisão. São cinco campeões brasileiros. Aliás, dois deles levantaram quatro vezes o principal troféu do futebol nacional: Cruzeiro e Vasco. Tem também o bicampeão Botafogo. Coritiba e Guarani completam a lista.

Outra enorme diferença é a limitação na troca de técnicos. Pela primeira vez, cada um dos 20 clubes pode utilizar apenas dois treinadores em toda a competição: “Essa regra é futebol para o crescimento do nosso futebol”. Palavras de Felipe Conceição, que iniciou a Série B no Cruzeiro, foi demitido, e agora está no Remo. Aliás, apesar de afirmar gostar de trabalho longo, isso é algo que ainda não aconteceu em sua carreira como treinador. São sete clubes desde 2018.

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Mas, com uma lista grande de clubes que comandou, ele tem conhecimento de causa. Só dessa atual edição, já passou por Botafogo, Guarani, Cruzeiro, e agora o Remo: “A roda está girando. Os clubes que conseguem se organizar, com estrutura boa e pagando em dia, estão passando muitos clubes tradicionais”.

A tabela de classificação mostra isso. O Cruzeiro, favorito em quase todas os sites de soccer bets, não consegue sequer se aproximar do G-4. A maior preocupação tem sido se afastar da zona do rebaixamento. O Vasco, outro tetracampeão brasileiro, não está em situação muito melhor. Metade da tabela, e também já precisou trocar de técnico.

A boa notícia é o retorno do Guarani à parte de cima da tabela. Clube que passou por grave crise financeira, e não disputa a primeira divisão desde 2010: “Estamos pagando as contas, mantendo as coisas em dia, fazendo acordos”. Explicação de Michel Alves, Superintendente de futebol do Bugre. Segundo ele, desde que Ricardo Moisés assumiu a presidência do clube, no ano passado, responsabilidade fiscal é a ordem do dia.

No futebol brasileiro, os últimos anos mostraram mesmo que não dá mais para gastar o que não tem. Flamengo e Palmeiras se estruturaram, “arrumaram a casa”, e hoje lutam por todos os títulos nacionais e continentais. Já Cruzeiro e Vasco tiveram péssimas administrações e se afundaram em dívidas. O resultado, todos estão vendo. E com clubes considerados menores se estruturando cada vez mais, parece que a roda do futebol brasileiro está realmente girando. E mais rápido do que se imaginava.

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