Decisivos em Copa do Brasil: Washington e Anselmo palpitam sobre o Clássico-Rei

Personagens marcantes de campanhas históricas do Vovô e do Leão na Copa do Brasil, Washington e Anselmo participaram do FutCast, podcast do O POVO, e analisaram o Clássico-Rei decisivo pela terceira fase do torneio milionário

Gols decisivos, atuações marcantes e participações em campanhas históricas na Copa do Brasil. Washington e Anselmo sabem bem o que é ser protagonista de Ceará e Fortaleza valendo classificação na competição nacional e estão na lembrança dos torcedores alvinegros e tricolores pelo que fizeram em campo nas temporadas de 2011 e 2016.

Personagens marcantes de campanhas históricas do Vovô e do Leão na Copa do Brasil, Washington e Anselmo participaram do FutCast, podcast do O POVO, e analisaram o Clássico-Rei decisivo pela terceira fase do torneio milionário.

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Em 2011, Washington fez a alegria da massa alvinegra no duelo de quartas de final da Copa do Brasil diante do Flamengo. Depois de vencer a partida de ida no Rio de Janeiro por 2 a 1, a "Carroça Desembestada" recebeu os cariocas no PV para o confronto da volta. O Rubro-Negro, que tinha Ronaldinho Gaúcho na equipe, abriu 2 a 0 ainda no primeiro tempo. O ex-camisa 9 do escrete do Porangabuçu foi quem garantiu a classificação ao marcar dois gols na reta final do segundo tempo e selar o avanço para a semifinal.

Em 2016, o mesmo Flamengo apareceu no caminho do Fortaleza na segunda fase da Copa do Brasil. Na ocasião, Anselmo, chamado carinhosamente pela torcida de "Baile de Favela", foi decisivo na partida de ida, no Castelão, ao marcar um dos gols da vitória tricolor por 2 a 1. Na volta no Rio de Janeiro, o Leão bateu o rival pelo mesmo placar e avançou. Na ocasião, o time do Pici chegou até as oitavas de final.

Em 2021, os caminhos de Ceará e Fortaleza se cruzaram na terceira fase da competição, algo inédito na rivalidade centenária entre os clubes. Na partida de ida, os times ficaram no empate em 1 a 1, deixando a situação em aberto para o jogo da volta, nesta quinta-feira, 10. Quem vencer se classifica. Nova igualdade obriga a disputa por pênaltis.

Washington confia em Vina decisivo para ajudar o Alvinegro a se classificar. "Vai dar Vozão. Eu acredito bastante no Vina. Deposito esperança muito grande nele. Tem o Cléber também, o Saulo que tem entrado bem nos jogos. Eu tenho acompanhado a pressão da torcida, que tem exigido dele (Vina) um retorno, que ele jogue como no ano passado. Mas futebol é assim, oscila um pouco. Acredito que nesses momentos decisivos, a equipe em conjunto vai apoiá-lo e ele vai conseguir dar o melhor e voltar a ser o que era", afirmou no episódio de número 157 do FutCast.

Anselmo aposta na força do elenco do Tricolor para bater o maior rival e chegar a mais uma fase de oitavas de final da Copa do Brasil. "Por tudo aquilo que o Fortaleza vem apresentando, tem um excelente elenco, tem demonstrado maturidade muito grande nas competições. Serei mais um torcedor que vai colocar vibração positiva para esse grupo pisar mais uma vez nas oitavas de final. Tenho certeza que se continuar com essa dedicação e esse empenho, lógico que com a criatividade de cada jogador, o Fortaleza tem tudo para passar", analisou.

Lembranças marcantes

Os dois goleadores lembraram no FutCast dos momentos marcantes por Ceará e Fortaleza nas campanhas de 2011 e 2016 na Copa do Brasil. A dupla acredita que os elencos mereciam ter conquistado os principais objetivos na temporada e falaram do calor das torcidas.

Washington contou os bastidores do duelo contra o Flamengo e os momentos de dificuldade na partida, quando Thiago Neves fez 2 a 0 ainda no primeiro tempo, no confronto da volta.

"Foi um jogo marcante. Não só o torcedor estava com o coração em dia, mas nós jogadores também. Vínhamos de uma bela vitória no Rio de Janeiro. A gente sabia que o Flamengo tinha um baita time, que seria um jogo muito difícil. Não esperávamos levar dois gols de cara. Toda aquela ladeira que a gente subiu no Rio de Janeiro, os caras já tiraram aqui", comentou.

Mas o apoio da torcida no PV foi fundamental para a equipe reverter a situação e conquistar a classificação. "O "pevêzinho" lotado, a torcida empurrando. Lembro que quando a gente chegou ao estádio era fumaça, uma festa gigantesca pra gente. Fui abençoado e pude fazer os dois gols para a gente passar de fase."

Para Washington, o Ceará tinha elenco para disputar a final naquela temporada. O Vovô foi eliminado para o Coritiba na semi. "Era uma equipe muito competitiva, forte. Foi um ano de contraste. Tinha time para chegar até a final. O Coritiba era um time encorpado, tinha o Éverton Ribeiro, mas era igual ao nosso. Depois acabamos caindo. Foi um ano de contraste, mas foi gratificante aquele jogo. É uma lembrança muito viva na minha memória."

Anselmo relembrou do cenário de desconfiança para o embate contra o Flamengo, em 2016. Poucos acreditavam na classificação do Fortaleza, que ainda estava na Série C do Campeonato Brasileiro. O apoio da massa tricolor no estádio surpreendeu.

"Todos duvidavam. Sabíamos que encontraríamos dificuldades enormes. Mas é surreal algumas coisas que aconteceram naquele ano. Tenho certeza que continuam acontecendo. Infelizmente, agora com a pandemia tem atrapalhado. Nossa chegada ao estádio, o calor do torcedor. Muitos falaram que o Flamengo criou o "aerofla" (festa da torcida no aeroporto), mas isso já existia há muito tempo em Fortaleza. Era uma pressão positiva. Demoramos meia hora para passar pela torcida até chegar ao estádio (no dia do jogo)."

A festa da torcida tricolor no Castelão na partida de ida é um episódio marcante e relembrado constantemente por Anselmo com o amigo e ex-companheiro de Fortaleza, Dudu Cearense.

"Tínhamos acabado de começar o aquecimento. O Dudu estava olhando ao redor do estádio. Estava muito cheio. Eu peguei o Dudu olhando para as arquibancadas com um brilho no olhar que há muito tempo não via ninguém ter. Não estamos falando de qualquer jogador, mas de um que já esteve em seleção brasileira ao lado de ídolos mundiais, como o Ronaldinho e vários outros. Eu virei para ele e falei: 'como é bom está nesse momento'. Parece que estávamos em sintonia. Ele virou e falou que sentia falta disso. Eu percebi o tamanho da nossa responsabilidade. Não era só ganhar o jogo. Estávamos sendo visto no mundo inteiro", disse o ex-goleador do Tricolor.

Anselmo terminou a temporada de 2016 com um dos artilheiros do Brasil, com 23 gols, ficando atrás apenas de Robinho. "Aquele elenco merecia coisa melhor naquele ano (como o acesso). Mas tenho uma recordação muito boa daquilo (a campanha na Copa do Brasil)."

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