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Velório de Maradona será na Casa Rosada, em Buenos Aires, a partir de quinta-feira

Presidente argentino, Alberto Fernández decretou luto oficial por três dias em agradecimento a "um homem absolutamente genuíno, que expressava tudo com a força com que jogou futebol"
18:09 | Nov. 25, 2020
Autor AFP
Tipo Notícia

O velório do ex-craque argentino Diego Armando Maradona, que morreu nesta quarta-feira aos 60 anos, será na Casa Rosada (sede presidencial) a partir desta quinta e vai até sábado, informou uma fonte presidencial.

"Será na Casa Rosada, a partir de quinta e até o sábado", disse à AFP Mario Huck, porta-voz da presidência para a imprensa internacional.

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Presidente argentino presta homenagem

A Argentina "ficará eternamente em dívida" com Diego Maradona, cuja morte nesta quarta-feira (25) na província de Buenos Aires devido a uma parada cardíaca desencadeou reações de consternação e dor.

"Maradona só nos deu felicidade, estamos eternamente em dívida", disse o presidente Alberto Fernández, que decretou três dias de luto nacional e suspendeu suas atividades.

Maradona foi "um homem absolutamente genuíno, que expressava tudo com a força com que jogou futebol", acrescentou.

"É um dia muito triste para todos os argentinos, é uma pena", disse ao canal TyC Sports o presidente, torcedor do Argentinos Juniors, clube onde Maradona deu seus primeiros passos como jogador.

"Para nós, Diego é tudo, o campo se chama Maradona. Não sei se algum dia teremos um Diego novamente. Que sorte tivemos de tê-lo nessa época!", disse.

Quanto à sua personalidade, considerou que deve ser lembrado “não só pelas qualidades técnicas mas pela coragem, força e garra que sempre teve. Um jogador excepcional”.

Maradona "será uma pessoa inesquecível na memória coletiva argentina. É um grande ídolo", resumiu o presidente Fernández.

"Duvido muito que o mundo volte a ter outro Maradona", disse ele.

“Muita tristeza ... Muita. Se foi um gigante. Adeus Diego, nós te amamos muito. Um grande abraço à sua família e entes queridos”, escreveu a vice-presidente Cristina Kirchner no Twitter.

Já o ex-presidente Mauricio Macri lamentou na mesma rede social “um dia muito triste para todos os torcedores do mundo, principalmente os argentinos”.

"As enormes alegrias que Diego nos deu serão indeléveis", acrescentou.

O ex-presidente boliviano Evo Morales, refugiado na Argentina até o mês passado, também expressou sua dor. "Não é só o futebol mundial que chora por ele, mas também povos do mundo todo", tuitou.

“Com uma dor na alma soube da morte de meu irmão, Diego Armando Maradona. Uma pessoa que sentiu e lutou pelos humildes, o melhor jogador de futebol do mundo”, escreveu Morales da Bolívia ao se despedir de "um grande amigo das causas justas."

Maradona morreu nesta quarta-feira, aos 60 anos, de "parada cardíaca" em sua casa em Tigre, 40 km ao norte de Buenos Aires, fato que lamenta e movimenta o esporte mundial, informou seu porta-voz Sebastián Sanchi.

Fernández não deu detalhes sobre a organização do velório e indicou que permanecerá nas mãos da família. "Todas as portas do Estado estão abertas para o Diego (...). Diego merece tudo o que a família pedir".

Ouça o podcast Recorte

Dor no futebol argentino

A Federação Argentina de Futebol expressou, por meio de seu presidente Claudio Tapia, "a profunda tristeza pela morte de nosso lendário Diego Armando Maradona".

Vários ex-jogadores também expressaram sua dor.

"Maradona tornou a Argentina conhecida em todos os cantos do mundo", disse Oscar Ruggeri, um ex-companheiro de equipe, ao canal Espn.

“É uma loucura! 60 anos! O que vivemos com esse [jovem] garoto, o que ele nos fez vivenciar, os momentos mais bonitos da minha vida”, disse.

César Luis Menotti, ex-diretor técnico do alviceleste, admirado por Maradona, mal conseguiu conter as lágrimas.

"Estive com ele desde os 15 anos, vivemos juntos muitos anos. Não posso acreditar. É terrível, estou na merda, não tenho vontade de falar", disse Luis Menotti ao canal TyC Sport.

Outro amigo seu, companheiro de quarto durante jogos da seleção nacional, Sergio 'Checho' Batista, confessou que recebeu a notícia "como uma bala no peito".

"Um pedaço de todos nós está nos deixando, lembro-me dele como uma grande pessoa que sempre teve a palavra certa de incentivo para deixar alguém bem. Ele sempre esteve lá”, disse o ex-jogador de futebol, amigo de Maradona e ex-DT da seleção argentina.

Quando vestiu a camisa argentina "foi especial, a camisa argentina foi a sua pele", disse o ex-jogador Roberto Sensini.

"Não tinha como tirá-lo de campo”, lembrou. "Ele era capaz de tudo, era sempre surpreendente, é preciso lembrar dele com alegria".

 

ml/sa/cl/aam

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