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Crítica: Verão de 92 retrata conquista inusitada da Dinamarca na Eurocopa

Verão de 92 é um filme homenagem à seleção dinamarquesa daquele ano que conquistou o seu primeiro título relevante no futebol
18:46 | Abr. 20, 2020
Autor O Povo
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Tipo Notícia

Aquela velha frase "Essa história daria um filme" é bem comum de ser ouvida em situações reais surpreendentes. Geralmente, muitas dessas histórias são relatadas em livros, jornais ou blogs para detalhar tal acontecimento. Uma parcela dessas é retratada pelo audiovisual em documentários e, raras, acabam sendo reconstituídas na ficção.

Verão de 92 é um filme homenagem à seleção dinamarquesa daquele ano que conquistou o seu primeiro título relevante no futebol. Dirigido e co-roteirizado pelo também dinamarquês Kasper Barfoed, a película foca em Richard Nielsen (Ulrich Thomsen), treinador que assume o lugar de Sepp Piontek (técnico da lendária Dinamáquina de 1986) após rejeição a outros profissionais para comandar a equipe para as Eliminatórias da Eurocopa de 1992, na Suécia.

Nielsen é apresentado como um estudioso, mas que enfrenta a resistência dentro da própria entidade dinamarquesa, bem como da imprensa, da torcida e principalmente dos atletas. Seu cargo vive em ameaça constante, pois o desempenho em campo nunca satisfaz por completo a todos.

Embora aborde as Eliminatórias de maneira mais rápida, o foco é na trajetória na Eurocopa. A Dinamarca ingressara no torneio como substituta da Iugoslávia, suspensa pela UEFA devido à guerra no país, tendo Nielsen poucos dias pra ajustar um time sem nenhuma confiança.

Em segundo plano, são expostos os acontecimentos pessoais de alguns atletas daquela seleção. Aliás, o roteiro poderia ter se aprofundado melhor em alguns deles. Por vezes o filme apresenta cenas repetitivas, perdendo grande chance de abordar outras camadas dos personagens. Apesar de longa ter dificuldade natural de emular as partidas (algo recorrente em filmes de esporte, em especial o futebol), Barfoed usa imagens reais para ilustrar como os conflitos nos bastidores acarretavam no rendimento dos jogos.

Mesmo você já sabendo o desfecho dessa história, o argumento do filme já é motivo suficiente para atrair a atenção durante a projeção. Certamente o interesse dessa obra tem mais identificação com os fãs de futebol, principalmente aqueles que acompanharam essa conquista na época ou que passaram a conhecer sobre os campeões inusitados daquela edição posteriormente. Das tantas histórias lendárias que o futebol já teve, aquela do verão de 1992 na Suécia é digna de filme.

Por Thiago Minhoca, comentarista da Rádio O POVO CBN

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