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Presidente não presta contas e Juventus deve reviver processo de impeachment

Na última segunda-feira, o presidente do Clube Atlético Juventus, Domingos Sanches, sofreu uma perigosa derrota nas urnas do Conselho Deliberativo do clube da Mooca, mas conseguiu resistir ao impeachment contra o seu mandato devido a ausência de dois terços (2/3) dos votos daqueles que pretendiam lhe afastar do cargo depois do escândalo revelado com exclusividade [?]
08:15 | Mar. 16, 2018
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Na última segunda-feira, o presidente do Clube Atlético Juventus, Domingos Sanches, sofreu uma perigosa derrota nas urnas do Conselho Deliberativo do clube da Mooca, mas conseguiu resistir ao impeachment contra o seu mandato devido a ausência de dois terços (2/3) dos votos daqueles que pretendiam lhe afastar do cargo depois do escândalo revelado com exclusividade pela Gazeta Esportiva. (veja série de matérias abaixo)

Menos de uma semana depois do arquivamento do caso, os oposicionistas já vislumbram a abertura de um novo processo de impedimento do presidente e seu vice, Saulo Moisés Franciscón. A possibilidade já é dada como certa por alguns membros do órgão fiscalizador.

O gancho no qual se apegam alguns conselheiros é o fato de Domingos Sanches insistir em não prestar contas ao Conselho Deliberativo. Desde setembro do ano passado, a diretoria executiva juventina tem ignorado as sucessivas solicitações de apresentação de documentos, contratos e planilhas de gastos dos eventos Bacon Day e Uma Noite Perfeita.

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Na reunião extraordinária da última segunda, o advogado e representante legal de Domingos Sanches e Saulo Moisés Franciscón chegou a alegar que todos os relatórios estavam sendo preparados pelo mandatário e seu cliente, e sustentou que seis meses era um período apertado para a finalização dos mesmos.

Entretanto, na visão dos condutores do Conselho Deliberativo, tal justificativa não cabe, já que todos os prazos para que as prestações de contas sejam feitas são curtos, muitos vezes de até 72 horas, partindo do princípio de que os documentos solicitados devem, por ordem cronológico, sempre estar concluídos antes mesmo dos eventos programados.

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Aliás, o Conselho foi atendido rapidamente em solicitações posteriores, como na prestação de contas do show de Naiara Azevedo, ocorrido dia 20 de outubro, o que contradiz a justificativa de falta de tempo hábil para apresentação dos mesmos documentos referentes aos dois eventos citados de setembro do ano passado.

Dessa forma, por meio do presidente Itamar Colombini Capano, o órgão fiscalizador juventino vai reiterar as cobranças formais baseado na obrigatoriedade estatutária junto a Comissão Fiscal e aguardar pelo menos até a semana que vem. Caso novamente os pedidos sejam ignorados, como o próprio CD já espera, um novo processo de impedimento dos atuais gestores deve ser aberto diante das assinaturas de no mínimo 20 conselheiros.

Domingos Sanches e Saulo Moisés Franciscón sobreviveram ao impeachment com uma derrota no plenário por 86 a 69. Apesar do alívio com o anúncio do resultado proclamado após a votação, se tornou de conhecimento do Conselho Deliberativo nos últimos dias que a dupla que comanda o Juventus tentou impedir a realização da reunião na última segunda-feira por meio de três ações na justiça comum.

Presidente e vice argumentaram falsidade nas gravações dos áudios apresentados pelo ex-diretor de marketing Adriano Daré, mas acabaram tendo seus anseios rejeitados tanto em primeira estância quanto pelo desembargador do tribunal recursal. Tudo correu em segredo de justiça e a intenção, à época, sequer foi revelada pelos autores.

A Gazeta Esportiva tentou contato com Domingos Sanches por meio de sua assessoria de imprensa, mas o presidente se recusou a atender a reportagem, como já havia optado na última semana, e informou que apenas seu advogado estaria autorizado a falar sobre as ações. A assessoria do clube, porém, explicou não possuir o contato do responsável pelo caso.

Gazeta Esportiva

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