Lula diz que polêmica de Bolsonaro sobre inserções em rádios é "choro" e "desespero"

Uma das rádios mencionadas na denúncia de Bolsonaro disse que a campanha do presidente não mandou o material

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) considerou que o questionamento sobre as supostas não inserções da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) em rádios é "choro" e "desespero" de seu adversário no segundo turno. Ele afirmou que Bolsonaro "sabe que vai perder as eleições" , mas que seria direito dele "espernear". O petista participou de sabatina nesta quinta-feira, 27, na Rádio Clube FM e na TV Brasília.

Lula disse que se a propaganda de Bolsonaro não foi veiculada, seriam resultado da "incompetência" da campanha do atual chefe do Executivo."Eu não sei o estado psicológico do presidente, mas essas coisas da rádio são incompetência da equipe dele. Não temos nada a ver com isso. Ele está um pouco desesperado, percebeu que tem a possibilidade de perder a eleição", disse.

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O petista ressaltou a batalha entre as campanhas para conquistar os votos dos indecisos e de quem votou branco no primeiro turno, mas, segundo ele, Bolsonaro "sabe que vai perder"."É o direito que ele tem de chorar, espernear, de quem sabe que vai perder as eleições. O Bolsonaro está ciente que vai perder as eleições. Ele estuda pesquisa, encomenda pesquisa e ele sabe que vai perder", afirmou.

Em depoimento concedido à Polícia Federal, Alexandre Machado, funcionário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse ter recebido um e-mail de uma rádio que "admitiu que dos dias 7 a 10 de outubro havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções" da campanha de Bolsonaro.

A Rádio JM Online, citada na denúncia, disse que as inserções da campanha de reeleição Bolsonaro deixaram de ser veiculadas porque o PL deixou de entregar os materiais da propaganda eleitoral no início do segundo turno. O fato foi constatado pela emissora em 10 de outubro e motivou uma consulta ao TSE.

"A emissora acionou o Partido Liberal, expondo a questão e pedindo que os mapas e materiais voltassem a ser encaminhados por e-mail, a exemplo do que ocorreu no 1º turno. Essa providência foi, então, adotada pelo Partido Liberal", diz a rádio, em nota

O homem que prestou o depoimento trabalhava no TSE, onde ocupava o cargo em comissão de confiança de Assessor (CJ-1) da Secretaria Judiciária. Alexandre Machado foi afastado, conforme nota do tribunal, por reiteradas práticas de assédio moral, inclusive por motivação política, que ainda serão devidamente apuradas.

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, negou o pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar suposta irregularidade na veiculação de inserções em rádios na propaganda obrigatória.

Além de rejeitar a denúncia, Moraes também incluiu os documentos enviados pelos advogados de Bolsonaro no inquérito das milícias digitais, instaurado no Supremo Tribunal Federal (STF). Na decisão, o ministro apontou inconsistências no material apresentado pela campanha.

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