PF quer interrogar novamente Adélio Bispo, autor da facada de Bolsonaro

A investigação do caso foi reaberta em novembro de 2021 e a PF tenta ver eventuais financiadores do atentado

A Polícia Federal quer realizar um novo interrogatório com Adélio Bispo de Oliveira como parte da investigação que apura eventuais mandantes ou financiadores do facada contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), durante campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG), antes das eleições de 2018. O caso já tinha sido arquivado, mas, após aval do Tribunal Regional Federal da 1° Região (TRF-1), o caso foi reaberto.

O pedido, como apurado pela Folha de S. Paulo, é do delegado Martín Bottaro Purper, que assumiu a investigação este ano. O agente também solicitou à Justiça Federal em Mato Grosso do Sul acesso ao laudo de avaliação do estado de saúde mental de Adélio, produzido recentemente.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

A solicitação para acessar a documentação foi apresentada nos autos da execução penal em 21 de setembro. O objetivo do delegado é saber detalhes das condições atuais de saúde de Adélio antes de efetivar um novo interrogatório.

A concessão, entretanto, foi negada pelo juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal Criminal de Campo Grande, no dia 4 de outubro. Na decisão, o magistrado defendeu que o documento está sob sigilo absoluto e não constitui relação com investigações sobre a participação ou financiamento por terceiros.

O laudo mais recente de julho deste ano deve subsidiar a decisão da Justiça Federal sobre um possível retorno do suspeito ao convívio social. Adélio está locado em uma penitenciária federal.

A investigação do caso foi reaberta em novembro de 2021 após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Com isso, a PF analisa o material obtido a partir da quebra de sigilo bancário do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que na época do crime defendeu Adélio .

A linha de investigação retomada pela PF pretende verificar se alguém pagou pelo trabalho de Zanone no caso ou se o advogado assumiu a defesa de Adélio para ganhar visibilidade. A Polícia Federal tinha concluído duas vezes em investigações anteriores que Adélio agiu sozinho, sem cúmplices ou mandantes.

O homem também foi considerado incapaz de responder pelo crime por sofrer distúrbios psicológicos. O autor do crime afirmou, em depoimento, que atendeu "um pedido de Deus" para cometer o atentado contra Bolsonaro.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

pf interrogatório atentado bolsonaro adélio bispo interrogatório pf nova inestigação atentado bolsonaro

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar