Número de mulheres eleitas para a Câmara dos Deputados atinge novo recorde
Presença feminina cresce na Câmara dos Deputados, mas diminui no Senado
A bancada feminina da Câmara dos Deputados terá um número maior de assentos em 2023. Na eleição do último dia 2, os brasileiros elegeram 91 mulheres, o equivalente a quase 18% do quadro total. Esse resultado é maior do que em 2018, quando 77 mulheres foram eleitas.
Segundo dados da Agência Brasil, entre os partidos, o PT elegeu 21 deputadas, seguido pelo PL, que garantiu 17 assentos na Câmara. O PSD também aumentou o número de representantes, subindo de um para quatro.
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Outro marco é a presença de mulheres trans no Congresso brasileiro pela primeira vez: Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) foram eleitas como deputadas federais. As duas receberam mais de 200 mil votos e ficaram entre os dez mais votados para o cargo, em seus respectivos estados.
Linda Brasil (Psol) e Dani Balbi (PCdoB) foram as primeiras mulheres trans eleitas para as assembleias legislativas do Sergipe e do Rio de Janeiro, respectivamente.
Já no Senado, houve uma diminuição da bancada feminina. Quatro mulheres foram eleitas nesse ano: Damares Alves (Republicanos-DF), Professora Dorinha (União-TO), Teresa Leitão (PT-PE) e Tereza Cristina (PP-MS).
Somadas às representantes que permanecerão até 2027 - Daniella Ribeiro (PSB-PB), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Leila Barros (PDT-DF), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Soraya Thronicke (União-MS) e Zenaide Maia (Pros-RN) - serão 10 senadoras no próximo ano, equivalente a 12,3% do total. Em 2019, o número de mulheres no Senado era 12.
A quantidade de senadoras eleitas ainda pode aumentar. O senador Jorginho Mello (PL) disputa o segundo turno pelo governo de Santa Catarina, contra Décio Lima (PT). Caso eleito, Ivete da Silveira (MDB-SC) assumiria a vaga como suplente.