Empresário Amarílio Macêdo critica campanha por "voto útil"

Tucano disse que Lula está com problema para divulgar plano de governo sem gerar contradições com aliados

O empresário Amarílio Macêdo (PSDB) criticou a campanha pelo “voto útil” no primeiro turno das eleições de 2022. Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo no último domingo, 25, o tucano disse que a ação ajuda a aprofundar o “antagonismo político” que o País enfrenta no pleito deste ano, polarizado entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL).

Durante a manhã desta segunda-feira, 26, o político comentou o assunto em entrevista à Rádio O POVO/CBN. Para Amarílio, a campanha por "voto útil" tira a possibilidade de os eleitores entenderem, de forma mais “acertada”, o interesse nas diferentes propostas apresentadas pelos concorrentes ao Palácio do Planalto. “O primeiro turno tem uma função política e essa função só é preenchida se as pessoas expressarem o que elas acham que deveria ser o melhor para o País, independentemente de probabilidade de êxito ou não”, ressaltou.

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O empresário disse que tem acompanhado os debates e há uma “diferença abissal" entre as propostas dos candidatos. Na avaliação dele, os políticos que mais têm se destacado durante os encontros com presidenciáveis não estão em primeiro nas pesquisas de intenção de voto, como é o caso de Lula e Bolsonaro.

Amarílio, inclusive, citou o declínio do petista em participar do debate deste último fim de semana, em formato de pool, com veículos como SBT, CNN Brasil, Terra, NovaBrasil FM, Estadão/Eldorado e VEJA. Segundo o tucano, o ex-presidente tem “problema para divulgar o plano de governo”, pois isso poderia ocasionar “contradições” com alianças que o político tem para compor um eventual governo.

“Essa coisa obscura não é democrática e não ajuda as pessoas a atualizarem a sua maneira de ver o candidato que ela está precisando escolher”, ressaltou o empresário. O tucano encontra-se em São Paulo, onde se recupera de uma cirurgia recente. Ele relatou a Rádio O POVO/CBN que deslocou o ombro e precisou colocar alguns pinos para colocar o membro no lugar.

Durante a entrevista, Amarílio foi questionado sobre sua tentativa de ser o candidato ao Senado da coligação do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT). “Eu não me arrependo. Agora, óbvio que se o desfecho já pudesse ter sido antecipado eu não entraria porque eu não tinha nenhum motivo para estar marcando posição. Meu propósito não é marcar posição, o meu propósito é o País, é a sociedade, é de uma luta contra a desigualdade. É a luta a favor da ampliação e do fortalecimento da geração de emprego”, disse.

O tucano não pode concorrer devido uma decisão desfavorável da Justiça Eleitoral, que retirou a federação PSDB/Cidadania do arco de alianças do pedetista. Além disso, o TSE confirmou o retorno de Chiquinho ao comando da legenda, validando a convenção partidária, realizada em 4 de agosto, declarando neutralidade das siglas na disputa pelo Palácio da Abolição em 2022.

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