Veja o que os presidenciáveis falaram sobre a morte da rainha Elizabeth II
Candidatos ressaltaram legado da monarca nas relações diplomáticas e seu exemplo para uma maior participação feminina nos espaços de poder
Candidatos à Presidência da República lamentaram a morte da rainha Elizabeth II, anunciada na tarde desta quinta-feira, 8, pelo Palácio de Buckingham. Lula (PT), Ciro Gomes (PDT, Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (UB), Felipe D'Ávila (Novo) e Jair Bolsonaro (PL), este último que concorre à reeleição, foram às redes sociais manifestar condolências e destacar o legado da monarca britânica que teve o reinado mais longevo da história do Reino Unido.
Em publicação no Instagram, Bolsonaro afirmou que a notícia do falecimento da rainha foi recebida com grande pesar e comoção pelos brasileiros. "Uma mulher extraordinária e singular, cujo exemplo de liderança, de humildade e de amor à pátria seguirá inspirando a nós e ao mundo inteiro até o fim dos tempos", diz trecho da mensagem divulgada pelo presidente.
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A nota foi divulgada junto com um vídeo que mostra imagens de Elizabeth quando ela era criança. No início da publicação, Bolsonaro lembrou a passagem de um discurso antigo feito pela rainha. "Quando a vida parece difícil, os corajosos não se deitam e aceitam a derrota; em vez disso, estão ainda mais determinados a lutar por um futuro melhor”, transcreveu.
O presidente ainda disse que Elizabeth II "não foi apenas a Rainha dos britânicos, mas uma rainha pata todos nós". Junto com a mensagem de condolências, Bolsonaro anunciou luto oficial de três dias no Brasil e convidou "todo o povo brasileiro" a prestar homenagens à rainha.
O ex-presidente Lula, por meio de publicação no Twitter, relembrou encontros que teve com a monarca no período em que ele estava à frente do governo brasileiro. O petista ressaltou que, durante os seus dois mandatos no Executivo Federal, Brasil e Reino Unido tiveram 'excelentes relações diplomáticas, políticas e comerciais'.
"Em nosso governo, o Reino Unido e o Brasil tiveram excelentes relações diplomáticas, políticas e comerciais, marcadas pela visita de Estado em que ela nos recebeu, em 2006. Gravo na memória nosso encontro na reunião do G-20 em Londres, em 2009", publicou Lula.
Ele ainda destacou o fato de a rainha ter participado dos grandes eventos e processos históricos dos últimos 80 anos e disse que Elizabeth "marcou era como chefe de Estado, reinando em convivência com primeiros-ministros de diferentes linhas ideológicas".
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Ciro Gomes, candidato do PDT ao Planalto, também elogiou a postura diplomática da rainha enquanto ocupou o trono, por 70 anos, a monarca com maior tempo de reinado. "Foi um símbolo de superação, sacrifício pessoal e devotamento à causa de uma nação. Que ela descanse, merecidamente, em paz", escreveu o pedetista no Twitter.
A candidata Simone Tebet enfatizou o legado da rainha para a participação das mulheres nos espaços de poder. "A rainha Elizabeth II é exemplo de liderança feminina que, ao longo de décadas, serviu como ponto de equilíbrio de uma nação poderosa como o Reino Unido. Modelo de estabilidade, de convivência respeitosa entre instituições de Estado", tweetou a presidenciável.
A emedebista também transcreveu passagem de discurso feito pela monarca sobre a importância das mulheres na pacificação de conflitos. "Foram as mulheres que inspiraram gentileza e cuidado no duro progresso da humanidade", reproduziu a emedebista, citando que o exemplo da rainha tem sido "aviltado" mundo afora, inclusive no Brasil, uma crítica indireta ao presidente Jair Bolsonaro.
Na mesma linha de Tebet, Soraya Thronicke também fez referência ao reinado de Elizabeth como um exemplo de protagonismo das mulheres no poder.
"O Brasil precisa mirar no exemplo dos ingleses que valorizaram a figura feminina da Rainha Elizabeth II, respeitando também a força das nossas mulheres e garantindo a elas cada vez mais protagonismo", disse ela, acrescentando que Elizabeth conduziu a realeza britânica com "equilíbrio e bom senso" e respeito aos valores humanos e institucionais.
O candidato do Novo, Felipe D'Ávila, disse admirar a monarca "pelo seu senso de dever público". "Não será fácil substituir uma rainha adorada por seu povo, admirada por estadistas do mundo e querida por todos que a consideravam um símbolo de alguém que sempre soube personificar os valores e tradições do seu país e a defesa implacável da coroa, da democracia e da civilidade", escreveu ele no Twitter.
Com a morte de Elizabeth II, o trono britânico passa a ser ocupado pelo primogênito dela, príncipe Charles, já alçado ao posto de rei. Ele reinará junto com sua esposa Camilla Parker-Bowles, agora chamada de rainha consorte.
O novo rei se torna chefe de Estado de 14 países que eram antigas colônias ingleses, além do Reino Unido. Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Jamaica são algumas das nações integrantes da monarquia britânica.