7 de Setembro: Especialista diz que atos vão ocorrer "numa densidade muito menor"

A professora Luciana Santana acredita que em razão do ano eleitoral, movimentos tendem a ser mais pacíficos até mesmo para não prejudicar a imagem de Bolsonaro

A cientista política Luciana Santana, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), acredita que as manifestações que vão acontecer neste 7 de setembro serão “numa densidade muito menor”, do que as realizadas em anos anteriores. Segundo ela, instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) têm trabalhado de forma massiva para “tentar” controlar possíveis atentados.

“Acho que a expectativa é que a gente tenha manifestações, principalmente nas capitais brasileiras, mas numa densidade muito menor do que a gente viu nos últimos anos em manifestações mais situacionistas”, disse durante entrevista ao Jogo Político nesta terça-feira, 6, véspera do dia simbólico.

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Ela acredita que situações tendendo a atos violentos podem acontecer. No entanto, serão isoladas. “Porque é difícil em manifestações de maior magnitude você ter um controle total, mas qualquer tipo de atentado violento que vier acontecer pode também cair no colo do próprio presidente”.

“E o que ele menos quer nesse momento, efetivamente, é que tenha mais danos negativos do que a campanha dele tem identificado, seja pelas próprias ameaças que nos últimos meses ele continuou fazendo, seja sobre a relação dele com compra de imóveis em dinheiro vivo”, continuou.

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Para ela, caso movimentos desta natureza ocorram dentro das manifestações, “pode realmente cair na conta do próprio presidente''. Segundo ela, a esquerda, nesses últimos anos, aprendeu bastante no sentido de tentar se afastar desses tipos de atos. “Para justamente você não dar munição, para que não haja questionamentos ou realmente da autoria aí para atos violentos pra esquerda”.

Na visão dela, isso ocorre por a esquerda saber que, hoje, as estratégias para vencer as eleições precisam estar “muito bem alinhadas''. “Porque quer queira quer não, o atual presidente tem a máquina na mão, ele tem o discurso oficial à sua disposição, então é mais difícil você reverter isso do que quem está de fora, quem está ali em campanha”, finalizou.

Assista ao programa na íntegra:

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Atos 7 de setembro cientista política Luciana Santana presidente Jair Bolsonaro JOGO POLÍTICO

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