Adelita Monteiro entra contra suspeita de fraude eleitoral do PL

O partido comandado no Estado por Acilon Gonçalves, prefeito do Eusébio, teria registrado candidatura fictícia para atingir cota de gênero

Candidata a deputada federal pela Federação PSOL/Rede, Adelita Monteiro (PSOL) ingressou na quinta-feira, 1º, com uma ação na Justiça Eleitoral pedido a apuração da denúncia de que o Partido Liberal (PL), no Ceará, indicou a candidatura de Andréia Moura contra a vontade e sem o conhecimento da filiada.

A reclamação, inclusive, foi feita pela própria Andréia à Justiça Eleitoral.

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Na Ação de Investigação Judicial Eleitoral, enviada ao Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), Adelita alega que a escolha de Andréia ocorreu para que o partido atingisse a cota mínima de 30% de candidatas do gênero feminino.

Sem a participação de Andréia, segundo ressalta a denúncia, o PL não atingiria a cota mínima de gênero, ficando com 28,88%.

A situação da candidatura de Andréia consta no site Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como "pedido não reconhecido".

Relator do processo, o juiz Francisco Érico Carvalho Silveira decidiu no domingo, 28, na que "diante do exposto, face as razões expendidas, entendo pelo NÃO CONHECIMENTO do pedido de registro de candidatura de ANDREIA MOURA FERNANDES para concorrer ao cargo de deputada estadual no pleito de 2022".

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O magistrado também solicitou que o PL se pronunciasse sobre o caso e que a Procuradoria Regional Eleitoral do Ceará (PRE-CE) averiguasse a possibilidade da existência de fraude eleitoral.

Na quinta, 1º, a Procuradoria informou que não reconheceu o pedido de registro de candidatura de Andréia. O despacho foi assinado pelo procurador regional eleitoral, Samuel Miranda Arruda.

Adelita pede que todas as análises das candidaturas da legenda no Estado sejam suspensas até que o caso seja elucidado.

Além disso, a pessolista também solicitou que os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC) e do Fundo Partidário sejam bloqueados.

"Campanhas lançadas mediante prática de fraude ao sistema eleitoral brasileiro não merecem, nem devem ser financiadas com dinheiro público", apontou a candidata no documento.

O POVO tentou entrar em contato com o presidente do PL no Ceará e prefeito do Eusébio, Acilon Gonçalves (PL), através de ligações, mensagens e também por meio de sua assessoria. Mas até a publicação desta matéria, não houve respostas.

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