Irritado, Bolsonaro ironiza fala de Lula no "JN" sobre "conversar" com Congresso

Em um discurso recheado de palavrões, Bolsonaro voltou a dizer que montou um ministério técnico.

Visivelmente irritado, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) ironizou a declaração do candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista ao Jornal Nacional de que, se eleito, iria negociar com o Congresso Nacional. "Muita gente boa aqui sabe a dificuldade de relacionamento Executivo-Legislativo. Não é papinho de ontem 'vou conversar'. Conversar 'p...' nenhuma", declarou o chefe do Executivo em cerimônia de inauguração do auditório da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "Na prática, a realidade é uma coisa bem diferente", completou Bolsonaro.

Bolsonaro também citou a defesa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) feita pelo ex-presidente. "Vi Lula falando ontem 'temos novo MST'. Aí, você vai modificar o DNA da cobra, da sogra?", questionou. "Ontem, o William Bonner apresentador disse que não eram 6 bilhões de dólares, mas de reais. Ah, aí tudo bem", ironizou, sobre a correção feita pelo apresentador do Jornal Nacional sobre os números apresentados anteriormente em relação ao dinheiro devolvido da corrupção na Petrobras.

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"Vai acreditar nessa conversa mole de que você vai ter tudo, 'vou passar gasolina para 3 reais', 'todo mundo vai comer picanha todo final de semana'? Não tem filé mignon para todo mundo", seguiu, em nova crítica à sabatina de Lula no telejornal.

Em um discurso recheado de palavrões, Bolsonaro voltou a dizer que montou um ministério técnico. "O ministério do Paulo Guedes fez muita coisa", afirmou aos empresários sobre a pasta da Economia.

Em nova crítica indireta ao Poder Judiciário, o presidente e candidato à reeleição voltou a dizer que há descumprimento da Constituição no País. Nesta semana, o chefe do Executivo voltou a protagonizar tensões com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizou operações da Polícia Federal em endereços de empresários bolsonaristas. "O ditador tinha que ser eu, e não alguém que tinha obrigação de defender a Constituição. Vocês sabem o que eu estou falando".

Bolsonaro ainda voltou a dizer que nenhuma criança morreu de covid-19, na contramão dos fatos. Na verdade, o Brasil chegou a bater o segundo lugar em mortes de crianças pela doença em 2021, ano da segunda onda do coronavírus.

O presidente também criticou o fortalecimento da esquerda na América Latina. "O povo está sofrendo, o capital já começou a sair da Argentina", declarou.

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