Camilo sobre críticas de Ciro Gomes: "Não merece nem ser respondido"

Ex-governador foi questionado sobre declarações do presidenciável relacionadas a um suposto convite de Lula a Camilo para ser ministro, caso saia vencedor das eleições de outubro

O ex-governador do Ceará e candidato ao Senado Camilo Santana (PT) evitou comentar as declarações do presidenciável Ciro Gomes (PDT) sobre uma suposta oferta de ministério que teria sido feita ao petista pelo ex-presidente Lula como condição para o rompimento da aliança PT/PDT no Ceará. Questionado pelo O POVO acerca da fala do pedetista, Camilo afirmou, durante coletiva de imprensa, que Ciro “não merece ser nem respondido”.

O ex-governador participou, na noite desta segunda-feira, 15, em Fortaleza, de uma reunião com os candidatos e candidatas à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa que fazem parte da coligação de Elmano Freitas (PT) ao Governo.

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No evento, Camilo pediu que os aliados não aceitem provocações dos adversários. “Essa não será uma campanha simples, será uma campanha muito disputada. [...] Não vamos aceitar provocações”, disse o petista, sem citar nomes de oponentes.

Em julho, antes mesmo da oficialização do racha entre PT e PDT, Ciro afirmou que Camilo teria decidido pelo fim da aliança após ser convidado por Lula para assumir um Ministério, caso o ex-presidente saia vitorioso da disputa nacional. O tom das críticas aumentou durante a convenção que oficializou a candidatura de Roberto Cláudio ao Governo, no dia 24 do mesmo mês.

"O nosso povo não tem culpa da vaidade e da prepotência de lideranças que, uma vez construídas nessa luta e ao redor desse projeto, agora servem por uma ninharia, por um punhado de nada ou um carguinho de ministro e desertam da humildade e da luta do povo”, disse o presidenciável, sem mencionar diretamente o ex-governador.

Durante a conversa com a imprensa antes de participar do encontro com os correligionários, Camilo sinalizou que pretende evitar embates com os ex-aliados na campanha que começa nesta terça-feira, 16.

“O que nós vamos fazer é mostrar que o nosso governo, o meu e o da Izolda, realizou, ao longo desses mais de sete anos e meio, mostrar onde nós precisamos melhorar, avançar”, respondeu o petista ao ser questionado se haveria espaço para clima de acirramento na disputa.

“Vamos fazer um bom debate, com sinceridade, com franqueza, enfrentando os problemas do dia a dia. Um estado que avançou muito na Saúde, na área econômica, portanto será uma oportunidade de mostrar o quanto o Ceará cresceu, mesmo com crises e com tantas dificuldades”, complementou.

O ex-governador também não quis comentar as recentes críticas de Roberto Cláudio às políticas de Segurança e Saúde do seu governo. RC afirmou que o avanço das facções criminosas e as filas de espera em hospitais públicos são “problemas não resolvidos” pela gestão Camilo.

A campanha eleitoral que começa hoje terá PT e PDT em lados opostos na disputa pelo Governo do Estado pela primeira vez desde 2006. Os dois partidos vão medir forças com o candidato do União Brasil, Capitão Wagner, que por enquanto lidera as pesquisas de intenções de voto.

“Nós temos certamente a eleição mais importante das nossas vidas”, disse o candidato petista durante discurso aos correligionários no evento que participou ao lado do ex-governador.

Repetindo a fala de Camilo, Elmano pediu moderação aos aliados. “Não vamos entrar em nenhuma provocação. Não vamos para a campanha para bater boca com ninguém, para agredir ninguém, nós temos o que mostrar”, enfatizou.

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