Veja alguns dos principais temas abordados por Roberto Cláudio no Jogo Político

RC foi o terceiro candidato ao governo a ser entrevistado pelo O POVO na série de entrevistas com os nomes que disputam o Palácio da Abolição

O candidato ao Governo do Estado pelo PDT, Roberto Cláudio, participou do programa Jogo Político nesta segunda-feira, 15, em série de entrevistas com os nomes que disputam o Palácio da Abolição. O ex-prefeito Fortaleza comentou o processo de escolha do candidato do PDT, falou sobre a relação com aliados e ex-aliados e apresentou propostas em diversas áreas. A entrevista foi transmitida ao vivo pelas plataformas digitais do O POVO no Facebook, YouTube e Twitter.

Cid Gomes

“Cid é uma referência para a minha vida pública, meu amigo pessoal. Alguém por quem tenho gratidão, com quem tenho afinidade de pensamentos. Cid ainda não se manifestou sobre sua efetiva participação ou não durante a campanha. Independentemente disso, suas ideias, valores, lições e aprendizados das suas gestões estarão no nosso plano de governo. (...) Claro que gostaria muito de contar com seu apoio, mas independentemente disso as lições e aprendizados do senador e ex-governador Cid Gomes serão muito influentes na construção do nosso plano de governo e na nossa campanha”.

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Izolda e a “candidatura natural”

“Poderia ser um argumento, se ele tivesse sido apresentado quando se iniciou o processo de discussão das pré-candidaturas em outubro do ano passado. Se havia esse critério e se fosse algo importante e definitivo na escolha do candidato, não deveria haver dinâmica para mobilizar pré-candidaturas do partido ou ouvir lideranças e aliados.

"Esse argumento só surgiu em junho ou julho, só surgiu quando nossa candidatura começou a ganhar força na pesquisa de opinião. A gente não escolhe um candidato porque a gente quer, é um ato de pouca humildade e pouco respeito. As candidaturas se constroem de baixo para cima e entendendo quem se constitui como a candidatura potencialmente mais forte (...) Esse argumento do direito natural à reeleição não fez parte do processo até o ponto em que a nossa candidatura começou a figurar como a mais forte”.

Motim

"O último motim, que causou preocupação, angústia, medo e aumentou as taxas de violência, é um fato absurdo. É sempre bom enfatizar isso (...) Também é bom relatar que o último motim se encerrou muito mais por conta do drástico tiro que o senador Cid recebeu (em Sobral), a partir dali se enfraqueceu.

"O que eu posso dizer é que a gente não vai negociar anistia com amotinados, ao mesmo tempo em que garantirei a proteção, estímulos à carreira policial, incentivos salariais. Precisamos definir os limites entre o bom trabalho policial e o mal trabalho policial. O bom trabalho é heroico, ele tem um papel central. A segurança é a vida da nossa gente. Por outro lado, não só um motim, mas toda natureza de desvio de conduta precisa ser severamente punida. Esse tipo de mensagem, do prêmio ao heroísmo e da severidade ao mau comportamento é o que vai restabelecer a hierarquia e a disciplina".

Relação com Camilo Santana

"Camilo sempre defendeu publicamente a aliança. Em nenhum momento estabeleceu prioridade de nome, pelo menos em conversas pessoais comigo, eu tive uma conversa com ele em março (deste ano) e ouvi dele que ao PDT caberia a escolha do nome e que ele não teria preferências. E que caberia ao PT a escolha do Senado.

"Só percebi (que não teria o apoio de Camilo) depois que eu ganhei no diretório. Era natural e legítimo que ele (Camilo), como pessoa física e fora do governo, tivesse uma preferência pessoal e eu entendo isso como algo legítimo. Não me causa nenhum tipo de carência afetiva. Após o diretório, tentei marcar uma conversa com Camilo, mas essa conversa nunca foi agendada. Quando fomos pegos de surpresa, já com o anúncio do nome do próprio Elmano. Acho que o próprio Camilo pode responder melhor sobre isso".

Segurança pública

"Podemos olhar exemplos aqui no Estado. Em enfrentamentos para trás, que pareciam impossíveis e que havia um certo conformismo. Nós conseguimos vencer, vou dar dois exemplos: a mortalidade infantil e o analfabetismo. O que tinha de comum, além de tratar saúde e educação com múltiplas possibilidades focou-se em uma meta. Vamos começar por aí, resolver esse assunto ao invés de atirar para todo o lado. Direcionar foco, prioridade, recurso e energia para isso, e é o que quero fazer em relação à segurança.

"Entender que o esqueleto de onde se origina o crime no Ceará é a presença territorial das facções (...) É bom a gente ter um plano de enfrentamento, ter atitude e trazer para o gabinete, sem marquetagem, se reunir semanalmente, discutir o que está dando certo, entender as diferenças regionais do crime. É um feijão com arroz temperado.

"Para se combater o crime organizado é necessário inteligência, mas a primeira coisa é capilarizar e fortalecer a polícia. Temos uma Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco) para o Ceará inteiro, que fica em Fortaleza. Nossa ideia para o primeiro ano (de gestão) é transformar isso num Departamento e criar mais 14 Dracos, com mais delegados, escrivães e inspetores. Para quê isso? Se a gente combate em um município essa turma vai para outro local e vai estabelecendo residência aqui".

Acquario Ceará

"Isso é algo que eu digo antes de ser candidato. Se eu fosse governador do Ceará, e tivesse a oportunidade de estar oito anos no exercício do cargo, o Acquario já estaria funcionando. Se eu for governador do Ceará, obras que estão eventualmente paradas ou com dificuldades eu priorizarei terminá-las e essa (o Acquario) é uma delas.

"Além de ter o Acquario, quero fazer na Praia de Iracema outros dois equipamentos. Estou falando aqui, mas não sei se o nome vai ser esse, mas quero fazer a Casa do Forró e a Casa do Humor. São duas expressões da cultura cearense e a ideia é botar lá dentro museu, história das personalidades dessas áreas, que tenha palco, ambiente de entretenimento e que seja público, mas que possa ser explorado pelo público e pelo privado como eu quero fazer com o Acquário".

Gestão Sarto

"Nessa época da minha gestão eu tinha uma aprovação menor do que o Sarto tem. É um conjunto de várias coisas, você vem de um ciclo de oito anos e você muda a relação. É um novo prefeito. O início da gestão é de organização, não é de entrega. Eu terminei meus últimos anos entregando, mas quando você começa uma gestão numa cidade como Fortaleza é um tempo de olhar para dentro, estruturar projetos, captar recursos, e mesmo assim todas as obras que eu comecei tiveram continuidade. Escolas, creches, areninhas, obras estratégicas foram entregues em um ano e meio (...) Não tenho dúvidas de que o prefeito Sarto chegará ao final da gestão com uma boa avaliação".

Dr. Cabeto

"Cabeto montou um plano de regionalização da saúde, que não saiu do papel. Quando você está com câncer, precisando de hemodiálise, precisando examinar o coração, você precisa vir para Fortaleza. Esse plano tem como grande pretensão descentralizar os atendimentos. Quando você regionaliza, tanto dá autonomia às regiões como faz com que os irmãos de Fortaleza e Região Metropolitana vão ter menos filas para enfrentar (...) A ideia é pegar a cinco macrorregiões e estruturar integração da atenção primária à de mais alta complexidade. Além de você ganhar eficiência, é preciso agregar novos serviços para garantir autonomia. (...) Esse foi o plano do Cabeto que lhe frustrou porque não saiu do papel e agora ele está me apresentando esse plano e certamente nossa equipe vai detalhar isso para definir como fazer".

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