Janones diz que eventual aliança com Lula não interfere no apoio do Avante a Capitão Wagner

O pré-candidato à Presidência declarou que as alianças estaduais do partido ficam a cargo do presidente nacional da sigla, o deputado federal Luis Tibé

O pré-candidato do Avante à Presidência da República, André Janones, afirmou em entrevista ao programa Jogo Político nesta segunda-feira, 1º, que caso acordo com o ex-presidente Lula (PT) se concretize, isso não será fator que possa abalar alianças de seu partido nos estados.

No Ceará, por exemplo, a sigla declarou apoio à candidatura de Capitão Wagner (União Brasil) para o Abolição, sendo que o partido de Lula possui candidatura própria no estado para disputar o governo, o deputado estadual Elmano Freitas (PT).

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Janones disse que possui uma relação “amistosa e muito respeitosa” com o presidente nacional da legenda, o deputado federal Luis Tibé, e que ele detém ’’absoluta autonomia’’ tanto para direcionar como para retirar apoios. “E ele tem autonomia de fazer as composições nos estados, fazer articulações, então não interfiro”, declarou.

“A minha candidatura não implica no jogo eleitoral dos estados. Então, o Avante está com o Capitão Wagner nos representando, mas não implica que o André Janones esteja e vice-versa. Isso não muda se o André Janones estiver com o ex-presidente Lula e isso não muda em nada o posicionamento do partido nos estados”, emendou.

Ele diz ainda que o que tem “primado” para abraçar qualquer candidatura, seja aos governos estaduais seja ao Senado, é o compromisso com as pautas que defende. “Então eu deixo as articulações a cargo do partido, e nenhum tipo de apoio implica de forma automática no meu aceite, no meu apoio para aquele candidato”, continuou.

Questionado sobre o que acha de Capitão Wagner, Janones disse ter “uma relação republicana” e que não teve nenhuma indisposição com ele na Câmara dos Deputados. No entanto, o pré-candidato afirmou que para ele fazer uma análise mais profunda sobre um apoio ou não, tem de ser procurado por essas candidaturas. “Capitão Wagner jamais me procurou para que a gente pudesse discutir propostas”.

Janones aproveitou para dirigir críticas à atual configuração da política brasileira, em que, segundo ele, cada vez mais a busca por cargos tem norteado as alianças entre os partidos. “A gente se desacostumou a fazer política baseada em propostas, baseada em ideais, então é sempre o toma lá, dá cá, negociação por espaços por cargos, talvez é difícil acreditar que alguém ainda se proponha a fazer política realmente de forma republicana”, finalizou.

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