Pacheco diz a Lula que quem vencer eleição será empossado

Geraldo Alckmin, vice na chapa de Lula também esteve presente na reunião

O pré-candidato do PT à Presidência da República, Luíz Inácio Lula da Silva, reuniu-se na quarta-feira, 13, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), em Brasília. Pacheco afirmou que o vencedor das eleições será empossado em sessão do Congresso, no dia 1° de janeiro de 2023. Pacheco garantiu não haver risco de ruptura institucional e afirmou que, como presidente do Congresso, não aceitará qualquer tentativa de tumultuar a posse de quem for eleito.

Também compareceram na reunião o pré-candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), lideranças do PT e senadores de oposição ao governo, como Veneziano Vital do Rêgo (MDB), Fabiano Contarato (PT), Zenaide Maia (Pros), Dário Berger (PSB), Randolfe Rodrigues (Rede), Alexandre Silveira (PSD) e Nilda Gondim (MDB).

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Uma parte da conversa girou sobre a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro tentar dar um golpe, caso não seja reeleito.

Bolsonaro tem lançado suspeitas sobre as urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e mais de uma vez chegou a dizer que pode não reconhecer o resultado das eleições.

"O ex-presidente (Lula) foi muito enfático ao dizer que Bolsonaro, no momento em que sente que dificilmente conseguirá vencer pelo voto, caminha em busca de pretextos para justificar uma ruptura institucional. Saímos tranquilos de que o Congresso será ponto de resistência a isso", afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE).

A reunião serviu para Pacheco conhecer pessoalmente Lula. Embora todos os convidados tenham dito que não se tratou ali das eleições no Congresso, marcadas para fevereiro de 2023, sabe-se que Pacheco quer disputar novo mandato ao comando do Senado.

Nos bastidores, ele avalia que Lula tem mais chances de vencer a disputa com Bolsonaro e espera o apoio do PT para ser reconduzido ao cargo. "Foi conversa institucional e muito republicana. Pacheco e Lula se conheceram, trocaram ideias", disse o senador Jean Paul Prates (PT-RN).

Durante o almoço, Lula afirmou que o Congresso precisa se posicionar com mais veemência e defender eleições pacíficas. No último sábado, o policial penal Jorge Guaranho matou a tiros o guarda municipal Marcelo de Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, quando ele comemorava seu aniversário em uma festa com decoração alusiva ao partido. "Aqui é Bolsonaro", gritou Guaranho, antes do crime.

"O tema central desse encontro foi a democracia", afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da Oposição. "O Senado atuará na garantia de que eleitos serão empossados. A tarefa maior de Pacheco é garantir posse dos eleitos".

Ainda assim, o encontro teve um pano de fundo eleitoral. O PSD de Pacheco caminha para apoiar Lula em um eventual segundo turno contra Bolsonaro. Além disso, em Minas, reduto eleitoral do presidente do Senado, o partido já está aliado com o PT. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, que não estava presente, tem dito que a prioridade do partido será manter Pacheco no comando do Senado.

Segundo o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), Pacheco faz um contraponto à retórica de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas. A avaliação de aliados tanto de Lula, quanto de Pacheco é que o presidente do Senado, mesmo que não declare apoio ao petista no primeiro turno, terá um importante papel de mediador de diálogo com as instituições. Participaram do encontro com Pacheco, ainda, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o coordenador do programa de governo de Lula, Aloizio Mercadante. Senadores de outros partidos, como Veneziano Vital do Rego (MDB-PB), Nilda Gondim (MDB-PB) e Dario Berger (PSB-SC), também estavam presentes.

Parlamentares

Antes do encontro com Pacheco, Lula se encontrou com deputados e senadores. “Estive hoje com parlamentares de todo o Brasil, conversando sobre a reconstrução do nosso país. Precisamos de representantes que defendam os direitos do povo no Congresso”, escreveu no Twitter.

Até o momento, a coligação “Vamos Juntos Pelo Brasil” é formada por sete partidos: PT, PCdoB, PV, PSB, PSOL, Solidariedade e Rede.

Com Agência Estado

 

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