Eunício se reúne com Wagner para discutir eventual apoio caso PDT oficialize candidatura de RC

Ex-senador do MDB recebeu o presidente do União Brasil no Ceará em sua residência. No encontro, ambos somaram oposição ao ex-prefeito Roberto Cláudio e discutiram um acordo para um eventual segundo turno, caso o MDB lance candiatura própria ao governo

O ex-senador Enício Oliveira (MDB) recebeu, nesta sexta-feira, 2 de julho, em sua residência, o pré-candidato da oposição ao Governo do Ceará, Capitão Wagner (UB-CE), para discutir o cenário eleitoral no estado na disputa ao Palácio da Abolição.

O presidente do União Brasil no Ceará estava acompanhado do aliado, deputado federal Moses Rodrigues (MDB). 

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O líder emedebista é aliado do ex-presidene Lula (PT) no Ceará e compartilha o desejo de lideranças petistas em defender o nome da governadora Izolda Cela (PDT) como sucessora natural do cargo.

No entanto, Eunicío já sonda um plano B, caso o PDT oficialize o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) como candidato a governador pela sigla, movimento que tem causado tensão na base governista.

A preparação também é para um possível cenário de rompimento da aliança PT-PDT no Ceará. 

O ex-presidente do Congresso Nacional avaliou seu diálogo com Wagner como um "momento importante na democracia".

Além de manifestar seu apoio irrestrito a Lula na campanha nacional, Oliveira disse ter deixado claro seu acordo com Camilo Santana de aguardar até o próximo domingo, 10, o futuro do bloco governista no pleito estadual.

"Se for ela [Izolda] nós vamos sentir e ver espaço do MDB. Espaço político, administrativo não. Se não for ela a candidata escolhida o MDB está livre pra tomar o rumo que achar conveniente. Ter candidatura própria, apoiar alguém (...) Vamos aguardar com muita tranquilidade a decisão sem nenhuma interferência na decisão dos outros partidos políticos", disse o ex-senador.

No âmbito das suas divergências com os Ferreira Gomes, Eunício acusa Roberto Cláudio de traição por fazer acordo com adversários nas eleições de 2018.

À época, ele estava em terceiro colocado na disputa por duas das três vagas no Senado pelo Ceará, porém não se reelegeu.

Na Capital, ficou apenas em quarto lugar, atrás de Cid Gomes (PDT) e Eduardo Girão (Pros), ambos eleitos. 

Hoje, o emedebista lembra do episódio e diz ter um pensamento em comum com Wagner, também opositor dos FG.

"A única posição hoje que o MDB tem é uma definição de não apoiar o seu Roberto Cláudio. Nada pessoal, mas por tudo que ele fez nas eleições de 2018, ou seja, assumir compromisso durante 14 reuniões seguidas, acertar tudo e depois fazer exatamente o contrário. O MDB talvez prefira apoiar o deputado Wagner do que o seu Roberto Cláudio por tudo que ele fez obviamente contra o partido", disse. 

"Ele acertou com o meu partido e comigo pra fazermos aliança e depois ele fez tudo ao contrário. Ainda foi comemorar a minha derrota na frente do escritório onde estavam todos os meus filhos", continuou Eunício. 

Candidatura própria e aliança 

Eunício afirmou, ainda, que seu partido estuda a possibilidade de lançar candidatura própria, com apoio de Lula.

No dia 6 de junho, o MDB divulgou uma pesquisa do Instituto MTG Conectar para as eleições deste ano no Ceará.

O levantamento chamou a atenção por incluir, em diversos cenários, o ex-senador como uma das possibilidades. 

Na última terça-feira, 28, o PDT do Ceará registrou outra pesquisa Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também incluindo o emedebista

Em caso de candidatura própria do MDB, também foi discutido no encontro um acordo com Capitão Wagner para um possível segundo turno nas eleições estaduais.

"Eu também disse pro Capitão que nós conseguimos fazer um acordo se o MDB tivesse candidatura ou resolvesse lançar candidatura. Podíamos fazer um acordo em relação ao segundo turno. Quem for pro segundo turno apoia o outro", afirmou Eunício. 

Com o discurso, Eunício confirma o que já era esperado para 2022: apoiar quem for para o segundo turno contra os Ferreira Gomes. 

Wagner comenta reunião

O pré-candidato da oposição ao governo cearense, Capitão Wagner, esteve em evento do União Brasil Ceará, neste sábado, no Auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em Santa Quitéria.

Durante o sétimo encontro regional da sigla, o parlamentar licenciado citou a necessidade de receber para sua campanha todo e qualquer apoio, independente das preferências em outras esferas eleitorais.

Em pronunciamento, Wagner disse ter realizado encontro com dois presidentes de partido, um apoiador de Lula e outro do presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Todo apoio que vier de lá pra cá é bem-vindo. Ontem eu sentei com dois presidentes de partido, um que vota no Bolsonaro e o outro que vota no Lula. Os dois presidentes de partido querem vir pra cá. Vocês acham que tem que aceitar meu povo? tem que aceitar. Se a gente não tivesse a capacidade de dialogar com os diferentes a gente não ganha essa eleição", comentou.

O apoiador de Bolsonaro é o prefeito de Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, Acilon Gonçalves.

O dirigente partidário já chegou a afirmar que o PL no Estado seguirá a diretriz nacional da legenda, que é de apoiar a reeleição do chefe do Executivo nacional e dar sustentação a um nome indicado para a disputa ao Governo do Estado.

O POVO tentou contato com Acilon, mas não obteve respostas até o momento.

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