Quem é a menina que fez o "L" de Lula no programa Sílvio Santos e foi proibida de voltar ao SBT
A integrante da plateia do SBT já esteve nas gravações do programa outras quatro vezes e cursa o ensino médio de uma escola estadual de Cotia, na Grande São Paulo.
A última edição do programa do apresentador e dono do SBT Silvio Santos repercutiu nas redes sociais após uma menina no auditório fazer a letra 'L' com a mão, indicando apoio ao ex-presidente Lula, pré-candidato do PT ao Palácio do Planalto. No momento, o deputado federal Frederico D’Ávila (PL), correligionário e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL); dava entrevista.
A integrante da plateia do STB se chama Letícia Trevisan, 16 anos, e já esteve nas gravações do programa outras quatro vezes, acompanhada de uma caravana que transporta pessoas da sua cidade. Ela é filha de uma cozinheira e foi criada junto às suas duas irmãs mais velhas, após o pai abandonar a família anos atrás. Hoje, a menina cursa o ensino médio de uma escola estadual de Cotia, na Grande São Paulo.
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Em entrevista ao F5, da Folha de S.Paulo, Trevisan disse não ter planejado usar uma roupa vermelha, cor que integra a campanha de Lula. "A gente nunca sabe quem vai estar no programa", garantiu. Letícia conta que, no dia da gravação, realizada em 24 de junho, a decisão de fazer o "L" com a mão aconteceu após ela notar que o parlamentar bolsonarista fez comentários pró-governo.
"Fiz o 'L' de Lula porque ele (o deputado) disse que a maioria dos brasileiros apoia a reeleição de Bolsonaro nas eleições em outubro. Quem, minha gente? Ninguém que eu conheço vai voltar nele", detalhou Letícia. E completou: "Quando ele era presidente, a comida era mais barata. As pessoas tinham mais poder de compra, tinham emprego".
Nas redes sociais, a moça disse ter sido comunicada pelo SBT que não poderia retornar à emissora. Segundo ela, o canal voltou atrás logo em seguida. "A caravanista soube que eu tinha sido proibida, mas me prometeu que iria deixar baixar a poeira para interceder por mim. Ela sabe que não foi intencional, eu nem sabia que não podia falar de política".