Psol-CE oficializa pré-candidatura de líder indígena Paulo Anacé para o Senado

Com a oficialização, é a primeira vez que um representante indígena concorrerá ao Senado Federal pelo Estado do Ceará.

O diretório cearense do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) já tem um nome para a disputa ao Senado: o líder indígena Paulo Anacé, de Caucaia. Com a oficialização, é a primeira vez que um representante indígena concorrerá ao Senado Federal pelo Estado do Ceará. Também disputava a indicação do partido o sindicalista Valdir Medeiros de Juazeiro do Norte, região do Cariri.

Além de Paulo, apenas outro nome foi colocado até o momento na disputa pela vaga que será aberta com a saída de Tasso Jereissati (PSDB): o ex-governador Camilo Santana (PT). A oposição ligada ao pré-candidato ao Palácio da Abolição Capitão Wagner (UB) ainda não definiu quem será o candidato ao Senado. Três nomes do PL estão na disputa: o empresário Alberto Bardawill, o vereador Inspetor Alberto e o pastor Alcides Fernandes. Cotado para concorrer ao governo, o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos pode ser uma alternativa da sigla para o posto no Congresso.    

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Paulo Anacé é militante do Psol, LGBTQIA+, ativista ambiental e atuante nas lutas pelos direitos indígenas, preservação do meio ambiente. O indígena é da região do Cauípe, que abrange o Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Uma das pautas de sua agenda diz respeito a realidade das comunidades do entorno pressionadas "pelos interesses industriais".

Paulo comemorou a candidatura e adiantou o tom de sua campanha. “É uma pré-candidatura que já vem aí fazer história, de um indígena, LGBT e de um educador social que tem como metas trazer voz, vez e fala para aqueles que ainda não tem direito nessa sociedade. Vamos abranger todos, principalmente aqueles que estão aí à margem da sociedade, que não tem seus direitos preservados, que estão sofrendo com esses desgovernos que aí estão, que sofrem inclusive dentro do estado pela retirada dos seus territórios, pela falta de água, que vivem dentro de locais como o Complexo Industrial Portuário do Pecém, onde a água é retirada e colocada para apenas pros grandes empresários", disse. 

 

Para o deputado estadual, Renato Roseno (Psol), a candidatura reafirma o compromisso do partido com a luta dos povos originários por terra e território. "Paulo representa a luta secular de resistência contra o projeto de extermínio. Num momento em que há uma guerra aberta contra os indígenas e quilombolas e uma guerra contra a natureza, vamos denunciar o modelo econômico destruidor das comunidades que vem sendo impulsionado em nível estadual e federal", avaliou. 

O psolista deve compor palanque com Adelita Monteira, pré-candidata ao governo cearense pela legenda. A artesã participou do programa Jogo Político do último dia 8, e externou o desejo de ser a candidatura que dará palanque para o ex-presidente Lula (PT) no Ceará. Apesar de adversário de Camilo nas eleições, o líder indígena deve somar forças com petistas e base governista contra a oposição, liderada pelo presidente estadual do União Brasil e pré-candidato ao governo cearense, Capitão Wagner. 



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