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Ensino a distância no Brasil: 34% dos alunos de escolas urbanas não têm computador em casa

Dado foi levantado pela pesquisa TIC Educação 2019, que apontou dificuldades do ensino remoto imposto no País devido a pandemia do novo coronavírus, a Covid-19
16:21 | Jun. 09, 2020
Autor Gabriela Almeida
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Gabriela Almeida Repórter O POVO
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Tipo Notícia

A pesquisa TIC Educação 2019, divulgada por meio de coletiva online nesta terça-feira, 9, revelou que 34% dos alunos de escolas urbanas do Brasil não tem tablet, computador de mesa ou portátil em casa. O levantamento, feito entre agosto e dezembro de 2019 pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic/BR), usou dados para revelar cenário de "desigualdade digital" no ensino remoto imposto pela pandemia do novo coronavírus encontra no País.

De acordo com levantamento, o acesso a internet dos alunos que não tem tablet, computador de mesa ou portátil em casa é garantido apenas por meio de smartphones. Quando levado em consideração o fator público e privado, a porcentagem destoa significativamente, uma vez que os dados apontam que 39% dos alunos de escola pública urbana não têm acesso a tais aparelhos, enquanto apenas 9% dos estudantes do ensino particular afirmam não ter os equipamentos nas próprias residências. 

Entre os estudantes de escolas públicas e privadas que utilizam a internet em casa apenas por meio de celular, 25% se encontram na região Nordeste e 26% no Norte do País. De acordo com Alexandre Costa, gerente do Cetic/BR, os dados apresentados evidenciam uma "desigualdade digital", ainda mais acentuada em meio a utilização do ensino remoto, a distância.

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O levantamento também leva em consideração as habilidades dos alunos mediante o uso de tecnologia no ensino. Segundo a coordenadora da pesquisa, Daniela Costa, muitos alunos têm apenas experiência em consumir conteúdo na internet, em vez de criarem, o que pode trazer dificuldades nesse período.

Daniela afirma ainda que muitos dos estudantes que utilizam apenas o celular para estudarem usam o aparelho de terceiros e defende que é preciso analisar se o telefone funciona bem ou se tem armazenamento suficiente para ser utilizado como meio de estudo."A gente acha que é fácil para eles (estudantes), mas os dados mostram que não. Os alunos precisam de um mediador, um professor que oriente", afirmou a coordenadora na ocasião.

 

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