Ceará quer comprar vacinas para crianças direto da Pfizer se Ministério não adquirir doses

Segundo o governador Camilo Santana, outros estados também estão em busca de comprar a vacina diretamente para garantir a vacinação das crianças

17:02 | Dez. 24, 2021

Dose do imunizante para crianças será diferente das vacinas para pessoas a partir de 12 anos (foto: ARQUIVO)

A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) "está procurando fazer contato" diretamente com a farmacêutica Pfizer para se dispor a adquirir as doses da vacina contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, "caso o Governado Federal não adquira as doses para as crianças". Declaração foi feita pelo governador Camilo Santana (PT) nessa quinta-feira, 23.

"Estamos monitorando as definições do Ministério da Saúde sobre o envio de vacinas específicas para as crianças entre 5 e 11 anos", disse.  Ele afirmou que que os governadores solicitaram uma reunião com o Ministério da Saúde para "começar a vacinação das crianças o mais rápido possível". "A própria Anvisa já autorizou e vários países já estão vacinando", defendeu.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da vacina produzida pelo consórcio Pfizer-BioNTech, a Comirnaty, contra a Covid-19 em crianças com idade de 5 a 11 anos no último dia 16. A dose da vacina para crianças será diferente daquela utilizada para pessoas a partir de 12 anos. Os frascos também terão cores distintas para evitar erros na aplicação.

Nessa sexta, Camilo anunciou que o Ceará não exigirá receita médica para vacinar crianças contra a Covid-19, acompanhando a posição do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Pouco antes, o conselho anunciou que os estados não irão exigir receita médica para a imunização de crianças.

Dessa forma, estados se contrapõem à posição do Ministério da Saúde. Nessa quinta-feira, 23, Marcelo Queiroga afirmou que a vacinação nessa faixa etária deve ser condicionada à prescrição médica e a um termo de responsabilização assinado pelos pais.

Nessa quinta, o Ministério deu início à consulta pública sobre a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos de idade contra a Covid-19. Contudo, sistema apresenta problemas técnicos e de segurança. Se mostra deficiente quanto à segurança de dados, não apresentando mecanismo antifraude.