Camilo autoriza liberação de recursos para aquisição direta da CoronaVac

O contrato, assinado nesta segunda-feira, 9, prevê a entrega de três milhões de doses do imunizante para o Ceará no dia 25 de agosto. A expectativa do governo é que as doses extras ajudem a acelerar a vacinação

20:30 | Ago. 10, 2021

Por: Leonardo Maia
Coronavac teve uso emergencial aprovado no dia 18 de janeiro (foto: Governo do Ceará)

Atualizado às 21h38min

O governador Camilo Santana (PT) autorizou a liberação de recursos para a aquisição direta de três milhões de doses da vacina CoronaVac. Por meio de comunicado nas redes sociais, no fim da tarde desta terça-feira, 10, o chefe do Executivo estadual afirmou também que segue em negociação com a Pfizer para a compra de mais imunizantes.

A liberação foi publicada na edição desta terça-feira do Diário Oficial do Estado (DOE). No total, serão empregados R$ 178,5 milhões, com o preço unitário de cada vacina de U$ 10,30. As doses extras permitirão imunizar 1,5 milhão de cearenses — quantidade correspondente a 16,33% da população total do Estado e 20,8% da população acima de 18 anos, conforme publicado no DOE.

Após a suspensão do contrato com doses da Sputnik V, a administração cearense avançou nas negociações com o Instituto Butantan e o laboratório Sinovac. Na manhã dessa segunda-feira, 9, o contrato para compra foi assinado. A esperança dos gestores é que as doses extras, fora do Plano Nacional de Imunizações (PNI), auxiliem na velocidade do processo de vacinação.

A expectativa para a chegada das três milhões de doses é já para o dia 25 deste mês, conforme informou o titular da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Dr. Cabeto. Durante as negociações, um representante do Governo do Ceará — o secretário de assuntos internacionais, César Ribeiro, esteve na China por 60 dias, em contato direto com o laboratório da Sinovac.

O Estado ainda aguarda o resultado de uma ação judicial movida contra o Governo Federal, para envio imediato de quase 1,5 milhão de doses contra a Covid-19 para o Ceará. Para o Ministério Público, a distorção na distribuição dos imunizantes para o Ceará ocorre desde o início da campanha de imunização no País.