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Os problemas do presidente

09:32 | Mai. 19, 2019
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) precisa reorganizar, com urgência, a sua base de apoio no Congresso Nacional, caso contrário a situação chegará a um ponto incontrolável. Esta semana foi bastante tumultuada, com derrotas importantes para o governo, que poderiam ser evitadas, se houvesse um mínimo de coordenação entre os partidos que estão em sua base de apoio. A convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para dar explicações sobre o contingenciamento de verbas das universidades, por exemplo, foi apoiada por todos os líderes partidários, à exceção do PSL e do Novo.

Esse desarranjo tem irritado partidos da base aliada, como foi o caso da reunião com líderes partidários na qual Bolsonaro telefonou ao ministro Weintraub e ter-lhe-ia dado a ordem de sustar o contingenciamento de verbas das universidades, segundo o relato de vários participantes. No entanto, em seguida, o fato foi negado pelo próprio governo, deixando os parlamentares que anunciaram a medida em má situação.

Outro sinal de que a temperatura está aumentando mostra-se quando alguns dos partidos aliados começam a se distanciar do Centrão - como é o caso do Podemos, PSC, Cidadania, Patriota e PV - para formar um "bloco independente". Apesar de serem partidos pequenos, o Novo também se aproxima das conversas, segundo o portal Uol, somando apenas 43 deputados, a iniciativa é sintomática das dificuldades que vêm pela frente.

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No curtíssimo prazo, o governo precisa aprovar na Câmara a medida provisória 870, com a qual o presidente eliminou alguns ministérios e fundiu outros, no início de seu mandato, até o dia 3 de junho, quando a MP perde a validade. Se isso acontecer, Bolsonaro será obrigado a recriar a mesma estrutura ministerial legada pelo presidente Michel Temer. O governo também depende do Congresso para aprovar crédito suplementar de R$ 249 bilhões para não cometer crime de responsabilidade fiscal.

Tudo isso sem entrar na necessidade de se aprovar com a maior brevidade possível a reforma da Previdência, pois dela dependem todas as demais propostas que podem indicar um caminho virtuoso para a economia do País. 

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