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Uece em destaque

02:00 | Abr. 06, 2019
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Em um momento de escassez de boas notícias, é de se comemorar o destaque obtido pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) em uma lista internacional que avalia o impacto das instituições em relação aos indicadores de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Um desses indicadores é a redução da desigualdade, no qual a Uece distinguiu-se, ficando em 2º lugar entre as universidades brasileiras, e em 92º do mundo. O Ranking de Impacto das Universidades é elaborado pelo Times Higher Education (THE), organização britânica que trabalha pela excelência da educação, editando uma revista com o mesmo nome.

O THE faz avaliação anual de instituições de ensino em todo o mundo, levando em conta diversos indicadores objetivos, sendo que o ranking de impacto constou pela primeira vez na pesquisa, com a análise de 450 universidades em 76 países. Esse quesito avalia as universidades a partir dos critérios voltados à igualdade de gênero, quantidade de mulheres em cargos de liderança; quantidade de alunos da primeira geração de uma família a ascender a um curso superior; existência de critérios de admissão não-discriminatória e programas de aconselhamento e apoio a alunos, servidores e professores. Conta também a ligação que a universidade mantém com o seu entorno, a chamada extensão universitária; ações definidas para erradicar a pobreza, proteger o planeta e promover a paz.

O reitor da Uece, Jackson Sampaio, considerou uma "grande conquista" da universidade, por se tratar da primeira avaliação baseada em indicadores do desenvolvimento sustentável. O vice-reitor, Hidelbrando Soares, lembra que a Uece foi a primeira universidade pública do Ceará a interiorizar-se, o que, para ele, explica a presença de estudantes advindos de famílias de baixa renda na instituição. Segundo o professor, mais de 60% dos alunos são de família com renda mensal até três salários mínimos.

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Observe-se que, cada vez mais, os índices classificatórios, em todos os campos da atividade humana, tornam-se mais amplos, indo além dos critérios objetivos - que, por óbvio, são fundamentais -, mas levando também em conta outras dimensões, como diversidade e inclusão. A Uece nos mostra, com essa distinção, que merecidamente recebe, que a riqueza de uma sociedade não está em isolar-se, mas em abrir-se para a multiplicidade, combatendo e superando os preconceitos e discriminações, sejam de raça, cor, sexo ou gênero. Ou seja, acolhendo a diversidade que é própria da família humana. 

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