Saiba mais sobre a Copa Africana de Nações
Competição começa neste domingo (21), no Marrocos, e conta com 24 seleções do continente. Costa do Marfim é a atual campeã
O final de 2025 e o começo de 2026 será com bola a rolando! Afinal, neste domingo (21) começa a Copa Africana de Nações, com a partida entre Marrocos e Comores. A competição acontece no Marrocos e vai até o dia 18 de janeiro. Ao todo, 24 seleções estão na disputa da 35ª edição do torneio.
Mais uma vez, a competição acontece no meio da temporada europeia, o que gera polêmicas com os clubes europeus. Afinal, as equipes são obrigadas pela Fifa a disponibilizarem os jogadores convocados às seleções.
Os participantes foram definidos durante as Eliminatórias para a CAN, que aconteceram durante o ano passado. Oito seleções disputaram uma fase preliminar, em mata-mata. Depois, 48 seleções foram divididas em 12 grupos com quatro equipes, nos quais apenas as duas melhores se classificaram para o torneio.
Com isso, algumas surpresas aconteceram e seleções que irão disputar a Copa do Mundo estão fora da Copa Africana de Nações. É o caso de Gana e Cabo Verde, que ficaram na lanterna dos seus grupos e não conseguiram a classificação.
Na competição, as 24 seleções estão dividas em seis grupos com quatro equipes. Os dois primeiros colocados avançam para o mata-mata, junto com os quatro melhores terceiros colocados.
Onde assistir
A Copa Africana de Nações será transmitida no Brasil pelo Grupo Bandeirantes. Alguns jogos serão exibidos na TV aberta, enquanto os demais terão transmissão no BandSports e nas plataformas digitais.
Grupo A – Marrocos, Mali, Zâmbia e Comores
Os donos da casa recebem a competição para tentar acabar com um jejum de 50 anos. Os Leões do Atlas venceram a CAN em apenas uma oportunidade e vão em busca do título que falta neste ciclo. Afinal, os marroquinos acabaram de se sagrar campeões da Copa Árabe, com um time alternativo. Também neste ano, venceram a Copa das Nações Africanas, a CHAN, na qual as seleções jogam apenas com atletas locais.
Para tentar desbancar os favoritos está o Mali, que tenta se reerguer após uma fraca participação nas Eliminatórias para a Copa. Já a Zâmbia, campeã em 2012, disputa a competição após ter terminado na liderança do seu grupo na qualificatória. Por fim, temos Comores, que apareceu como grata surpresa nas Eliminatórias para o Mundial e volta ao torneio, ficando na frente da Tunísia na qualificatória, após ficar de fora da última edição.
Grupo B – Egito, África do Sul, Angola e Zimbábue
Os Fáraos chegam ao Marrocos tentando superar a decepção da última CAN, quando caíram nas quartas de final. Aliás, o torneio é um dos grandes objetivos de Mohamed Salah, que vive mau momento no Liverpool e tenta se reencontrar na seleção. Por outro lado, a África do Sul chega embalada de um grande trabalho de Hugo Broos. Os Bafana Bafana terminaram na terceira colocação em 2023 e vão disputar a Copa do Mundo após 12 anos.
Quem também tenta manter o embalo é a Angola. Na última edição, os Palancas Negras fizeram sua melhor campanha, chegando até as quartas de final. A seleção trocou de treinador, com a saída do português Pedro Gonçalves para a chegada do francês Patrice Beaumelle. Fechando o grupo, está Zimbábue, que se apresenta como azarão da chave. Os Warriors se classificaram na segunda colocação da chave com Camarões e não fizeram uma boa campanha nas Eliminatórias da Copa, terminando na lanterna.
Grupo C – Nigéria, Tunísia, Uganda e Tanzânia
Abrindo a chave está a Nigéria, que vai para a Copa Africana de Nações após a eliminação na Copa do Mundo. O torneio continental é fundamental para que Eric Chelle consiga se sustentar nos Super Eagles, após o fracasso na missão de chegar ao Mundial. Por outro lado, a Tunísia chega na CAN com mais moral do que saiu na última. As Águias de Cartago saíram ainda na fase de grupos em 2023. Entretanto, com a troca do comando técnico, conseguiram incorporar mais o time e se classificaram para a Copa do Mundo sem sofrer gols.
Já a Uganda tenta mostrar uma evolução ao retornar para a CAN após duas edições. Os Cranes fizeram uma disputa ponto a ponto com a África do Sul em seu grupo nas Eliminatórias e terminaram na segunda posição da chave na qualificatória para a Copa. Por fim, a Tanzânia tenta mostrar a força do futebol local na competição, além de ter um olhar para o futuro. Afinal, o país é um das sedes da próxima edição da Copa Africana de Nações, em 2027.
Grupo D – Senegal, RD Congo, Benin e Botsuana
Campeões em 2021, os Leões de Teranga querem voltar ao topo do continente. Desta vez, Senegal terá Papa Thiaw no comando da seleção. O treinador assumiu na vaga de Alliou Cissé e garantiu a classificação para a Copa do Mundo. Inclusive, o adversário nas Eliminatórias foi a República Democrática do Congo, que está no mesmo grupo. Os Leopardos, que se preparam para a Repescagem Intercontinental, querem repetir a última participação, quando chegaram às semifinais.
Por outro lado, o Benin quer mostrar que sua força nas Eliminatórias não é um acaso. A seleção, comandada pelo experiente Gernot Rohr, quase conseguiu uma vaga na Copa do Mundo e quer surpreender mais uma vez na CAN. Falando em surpresa, a Botsuana é sem dúvida a maior dela entre os classificados. As Zebras avançaram para o torneio eliminando Cabo Verde e a Mauritânia, que vinham de boas participações na competição.
Grupo E – Argélia, Burkina Faso, Guiné Equatorial e Sudão
Depois de duas participações frustrantes nas últimas edições, a Argélia tenta mostrar uma nova cara nesta CAN. As Raposas disputam o torneio classificadas para a Copa do Mundo e com uma nova base de jogadores, comandada pelo suíço Vladmir Petkovic. Já a Burkina Faso, que tem fama de sempre ir bem na Copa Africana, tenta fazer valer a expectativa. Os Garanhões acabaram eliminados das Eliminatórias da Copa por um gol e querem mostrar a sua força na chave.
Por outro lado, a Guiné Equatorial tenta se recuperar de um período difícil. Nas Eliminatórias, La Roja recebeu uma punição pela escalação do atacante Emilo Nsue, artilheiro da última CAN, e ficou para trás na disputa de uma vaga na Copa. Recentemente, a seleção passou por uma polêmica, após os jogadores boicotarem a partida contra Malawi e o treinador Juan Micha ser suspenso, assim vários atletas. Para a competição, a federação retirou a suspensão e Micha está de volta ao comando do time
Por fim, o Sudão retorna à CAN após ficar de fora da última edição. Os Falcões fizeram uma grande campanha nas Eliminatórias e deixaram Gana para trás. Inclusive, a seleção é comandada pelo ganês Kwesi Appiah, que venceu a competição com os Black Stars em 82.
Grupo F – Costa do Marfim, Camarões, Gabão e Moçambique
Depois da conquista do título em casa, os Elefantes vão em busca de repetir o feito. Ao contrário da última edição, quando trocou de treinador após a fase de grupos, a Costa do Marfim quer se manter desde o início e fazer valer o papel de favorita à conquista. Por outro lado, Camarões chega à CAN após não se classificar para a Copa do Mundo. Os Leões Indomáveis ficaram na Repescagem Continental e vivem polêmicas ao longo do ciclo. Desta vez, Samuel Eto’o, presidente da Federação Camaronesa de Futebol, demitiu o técnico Marc Brys, que não deixou o cargo, e barrou a convocação do atacante Aboubakar.
Outra seleção que parou na Repescagem é o Gabão. Sem o sonho de disputar a Copa do Mundo, Aubameyang vai tentar fazer bonito na competição continental para tentar fazer história com os Panteras. Por fim, temos Moçambique, que disputa a CAN pela segunda vez consecutiva e tenta mostrar evolução sob o comando de Chiquinho Conde.
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