Textor rebate acusação do Lyon e detalha vendas de atletas do Botafogo
Clube francês abriu uma investigação interna sobre transferências de jogadores do Alvinegro que nunca atuaram pelo timeJohn Textor se defendeu da acusação do Lyon por “transferências fantasmas” no clube francês envolvendo inclusive jogadores do Botafogo. Em nota extensa nesta quinta-feira (4), o empresário afirmou que há transparência nas contas da Eagle Football sobre esses jogadores. Além disso, ele explicou que atletas como Luiz Henrique e Igor Jesus não puderam jogar devido a uma decisão da DNCG (Direção Nacional de Controle e Gestão, da França).
“As transferências de jogadores em questão foram todas decisões futebolísticas válidas e vantajosas, propostas por mim e estruturadas e concretizadas pelo nosso Diretor Global de Futebol, Micheal Gerlinger (atualmente CEO do Olympique Lyonnais)”, destacou.
“Os direitos dos jogadores nunca retornaram ao Botafogo pois, sem seu consentimento, as transferências não se concluíram. Portanto, todos os direitos econômicos futuros permanecem com o Lyon, que recebeu integralmente as receitas de transferências finais para Zenit, Nottingham Forest e Atlético de Madrid”, escreveu.
+ Confira a nota completa de John Textor
Os valores
John Textor também detalhou os valores das transferências entre Botafogo e Lyon. Segundo o empresário norte-americano, o Glorioso enviou no total € 146 milhões para o Lyon – sendo € 80 milhões referente à venda de jogadores. Posteriormente, recebeu € 42 milhões de volta. No momento, o clube francês deve ao Alvinegro cerca de € 35 milhões.
“O Botafogo transferiu 146 milhões de euros em dinheiro, por meio de transferências bancárias diretas. Aproximadamente 80 milhões se referiam à venda dos direitos dos jogadores do Lyon. Em contrapartida, por meio de nosso sistema de gestão conjunta de caixa, o Lyon transferiu cerca de 42 milhões de euros de volta para o Botafogo em diferentes momentos. Outros 23 milhões de euros em taxas de transação e custos de financiamento seriam divididos igualmente entre os clubes, restando um saldo devedor do Lyon para com o Botafogo de aproximadamente 35 milhões de euros“, afirma Textor.
Críticas
Além disso, Textor teceu muitas críticas à DNCG e ao tratamento que recebeu da imprensa francesa no comunicado. Ele alega que sua intenção de mudar o futebol do país com o modelo multiclubes não teve boa recepção pelos dirigentes locais.
“A única explicação para uma proibição retroativa de transferências, vinda de uma organização que alega se preocupar com nossas finanças, seria esta explicação esportiva: a DNCG sabia que nossa falha em registrar os jogadores seria uma violação de nossas obrigações para com eles, o que permitiria que os jogadores rescindissem seus contratos, resultando em uma perda de 100% do valor dos jogadores para o Lyon – um cenário de perda total, imposto por uma DNCG que existe apenas para proteger a saúde financeira dos clubes de futebol franceses”, escreveu.