Ex-gerente de banco é condenada à prisão após aplicar golpe milionário em jogadores
Secil Erzan era gestora de um fundo secreto falso, onde investia o dinheiro de pouco mais de 30 vítimas, como atletas de futebol
Secil Erzan, ex-gerente de banco, recebeu a condenação de 102 anos de cárcere, pois era gestora de um fundo secreto falso, que prejudicou jogadores de futebol. Afinal, o esquema fraudulento da profissional financeira foi danoso para mais de 30 vítimas, entre elas, atletas profissionais. De acordo com investigações, o investimento na prática criminosa girou em torno de R$ 234 milhões. As principais aplicações dos recursos econômicos ocorreram na agência Florya do Denizbank, na Turquia, que ela administrava.
Os principais crimes pelos quais a Justiça turca indiciou Secil foram fraude qualificada, falsificação de documentos especiais e abuso de confiança dos mais de 30 alvos, que estavam inclusas na ação. Por sinal, o principal motivo e atração para as pessoas decidirem investir o seu dinheiro foram as promessas de altos retornos financeiros. Contudo, jamais houve o cumprimento porque o fundo de investimento era fraudulento.
Jogadores de futebol famosos foram alvos do golpe financeiro
Entre as vítimas mais conhecidas estão alguns jogadores de futebol, como Arda Turan, ex-meia do Atlético de Madrid e do Barcelona. Além do goleiro Fernando Muslera, que defendeu por muito tempo o Galatasaray e a seleção da Turquia. Inclusive, o arqueiro foi um dos atletas estrangeiros que mais venceu prêmios no futebol turco.
Outros dois alvos foram Emre Belozoglu, que atuou por Inter de Milão e Newcastlte, assim como Selçuk Inan, antigo capitão do Galatasaray. Ele também representa um dos principais ídolos no futebol turco.
De acordo com inquérito conectado à ação judicial, a ex-gerente de banco recebia repasses em dinheiro vivo. Posteriormente, Secil entregava documentos escritos ou com carimbos, que simbolizavam uma espécie de comprovantes às supostas aplicações. A ação criminosa, que tem semelhanças com os conhecidos esquemas de pirâmide, veio à tona quando o valor do capital de giro disponível não foi suficiente para quitar os rendimentos.
Tentativa de defesa da ex-gerente
A sua prisão e denúncia inicial ocorreu em abril de 2023. Por sinal, a concretização do processo ocorreu nesta semana. O julgamento decidiu sua condenação e, na tentativa de se defender, ela argumentou que foi alvo de tentativa de roubo. Secil declara que jamais utilizou a palavra fundo e que caiu em uma espécie de armadilha, que não conseguiu fugir.
A acusada se emocionou no momento em que tentava convencer que ficou com dinheiro de alguma das supostas vítimas. Além disso, ela frisou ter registros para comprovar sua alegação. Também fez apelo para que os juízes priorizassem uma decisão justa. A ex-gerente de banco também frisou que não tentaria escapar se recebesse a condenação de prisão domiciliar.
Entretanto, os magistrados não acreditaram nas afirmações da profissional financeira, decidiram por condená-la com 102 anos e quatro meses. Além da necessidade de pagar uma multa próxima aos R$ 96 mil;