Fanatismo brasileiro choca modelo peruana, que revela para quem torcerá

Fanatismo brasileiro choca modelo peruana, que revela para quem torcerá

Nicole Mariela, de 26 anos, já morou no RS e relata surpresa com paixão oriunda do país do futebol

O fanatismo brasileiro que invadiu Lima nesta semana de final de Libertadores entre Palmeiras e Flamengo chamou e muito a atenção dos peruanos. E, fugindo do senso comum, o Jogada10 conversou com alguém que se enxerga do outro lado da moeda. A modelo peruana Nicole Mariela, de 26 anos — que já até morou no Brasil —, falou sobre a paixão que vem do país do futebol e que a surpreendeu. No entanto, ela soube sintetizar o sentimento após morar um período em Caxias do Sul (RS).

“Eu sinto que vocês são loucos pelo futebol, né?! Acho que já vem no sangue de vocês, no DNA. Não tem pessoa lá que não se interesse por futebol. Vocês amam muito, conhecem e estão sempre ligados. São apaixonados pelo futebol, eu acho”, afirmou.

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Nicole revelou que nunca pisou em um estádio do futebol. Pelo contrário: quando convidada por amigos para assistir à uma partida, mesmo que na rua, não se sente confortável. Ela explica:

“Nunca fui em jogo. Meus amigos sempre iam pra Porto Alegre. Eu sei que eles eram (torcedores) do Grêmio, então eles sempre estavam indo ver na rua ou no estádio. Às vezes eu era convidada, mas sinceramente eu tinha preguiça e não nunca fui. É que eu sentia que ia estar lotado. Então, eu, como peruana, não me chama muita atenção esse tipo de rolé (risos)”, declarou, com um bom português para quem ficou pouco tempo no Brasil.

Diferenças culturais são evidentes, segundo Nicole

A modelo admitiu que não é muito dos esportes, mesmo que constantemente frequente a academia. Ela relata que, apesar da gritante diferença cultural neste aspecto, o Peru vem ampliando as opções de práticas no país.

“Eu acho que é muito evidente a diferença na questão de que o Brasil tem a cultura de esporte muito forte, né?! Vocês estão sempre fazendo algum tipo de esporte, seja na praia, em clubes… Aqui não é muito assim. Agora está ficando um pouco mais popular, mais acessível. Mas com certeza não chega nem perto de lá (Brasil), que vocês estão bem acostumados e gostam dos esportes. Mas é muito grande a diferença, lá tem muitos mais lugares de treinamento, mais desenvolvimento nessa questão do que aqui. Eu sou mais de academia, que também é uma coisa que está crescendo, mas não tem comparação ainda”, revelou.

Apesar do pouco conhecimento sobre futebol, Nicole conhece alguns nomes de seu país, a exemplo de jogadores como Guerrero (ex-Flamengo, Corinthians e Inter) e Cueva (ex-São Paulo e Santos). Ela também relembra a idolatria dos peruanos pelo técnico Ricardo Gareca, ainda que com certa mágoa.

“(Paolo) Guerrero. (Christian) Cueva. Esses dois eu conheço. Ah, o Ricardo Gareca (treinador). Teve uma época que a gente via ele como o nosso salvador. Porque ele estava levando por um caminho diferente, né?! Até que ele foi treinar a seleção do Chile, com a qual temos nossas divergências (risos). Não conseguimos entender muito bem porque ele fez isso”, lamentou.

Por fim, ela contou ao Jogada10 para quem irá torcer na final da Libertadores: segundo a jovem, sua torcida vai para o Flamengo por causa de seus amigos.

“Eu vou torcer pelo time que meus amigos vão torcer. Então eu já perguntei mais ou menos qual time eles preferem. É para o Flamengo. Então seria isso. Fazer o quê?”, encerrou.

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