Conselho do Corinthians adia votação do novo estatuto

Conselho do Corinthians adia votação do novo estatuto

Conselheiros do clube pediram tempo para analisar melhor as propostas da pauta que estava marcada para esta segunda-fera

O Conselho Deliberativo do Corinthians decidiu adiar a votação do novo estatuto do clube. Em reunião realizada na noite desta segunda-feira (24), no Parque São Jorge, o plenário entendeu que não houve tempo suficiente para analisar o projeto e debater as propostas com associados e torcedores.

Entretanto, uma primeira votação decidiu, por unanimidade, a necessidade de mudanças no estatuto. O Conselho agenderá nova reunião, que ainda sem data definida. Com isso, a assembleia geral de sócios, que iria validar ou não a reforma, ficará para 2026, também sem data definida.

As mudanças propostas atingem pilares essenciais da governança corintiana. O texto em debate inclui, entre outros pontos, a possibilidade de que o clube se torne uma Sociedade Anônima do Futebol, a ampliação dos mandatos para quatro anos, a proibição de contratação de parentes de conselheiros e a reformulação do processo eleitoral, que deixaria de ser por chapas para permitir votos individuais em cada candidato. Outro tema sensível é a inclusão do direito a voto para membros do programa Fiel Torcedor, uma demanda antiga de parte da torcida.

Projeto no Corinthians sofre resistência

Apesar da importância do projeto, o clima é de forte resistência. O texto apresentado pelo presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, vem sendo duramente contestado por conselheiros e pelo Conselho de Orientação (Cori). Na última semana passada, o órgão pediu o cancelamento da reunião desta noite. Segundo o órgão, há falhas graves em várias etapas do processo.

Entre as críticas apontadas pelo Cori estão supostas irregularidades no cumprimento do edital, como a ausência de atas das reuniões preparatórias, o não encaminhamento de todas as propostas ao Conselho e a elaboração sigilosa do documento, sem justificativas claras para a inclusão ou rejeição de determinados pontos. O órgão também sustenta que o estatuto vigente não foi respeitado, mencionando, por exemplo, a falta de manifestação formal do próprio Conselho Deliberativo sobre a necessidade de reforma e o não cumprimento do prazo mínimo de 30 dias para convocação da assembleia dos sócios.

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