Filha de Cássio inspira “Lei Maria Luiza” contra discriminação de autistas

Filha de Cássio inspira “Lei Maria Luiza” contra discriminação de autistas

Após desabafo do goleiro, Uberlândia sanciona lei que proíbe escolas de cobrarem taxa extra ou negarem matrícula a alunos com TEA

A filha do goleiro Cássio, do Cruzeiro, inspirou uma nova lei em Uberlândia, município de Minas Gerais. A “Lei Maria Luiza” garante a inclusão de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em escolas privadas. O prefeito da cidade, Paulo Sérgio Ferreira, sancionou a norma na última segunda-feira (27). A saber, a medida surgiu após um desabafo do próprio Cássio em agosto. Naquela época, o goleiro expôs a dificuldade que enfrentou para matricular sua filha, Maria Luiza, de sete anos, em escolas de Belo Horizonte.

A nova lei proíbe diretamente as escolas de cobrarem valores adicionais para alunos com TEA. Além disso, ela define claramente o que configura discriminação. Por exemplo, a lei proíbe a negativa de matrícula sob qualquer justificativa ligada ao autismo. Inclusive, ela impede a criação de exigências financeiras extras ou a recusa em fornecer um acompanhante especializado, quando comprovada a necessidade. Agora, caso uma instituição negue a vaga, ela deverá fornecer aos pais um documento que comprove a recusa.

A dificuldade de Cássio em Belo Horizonte foi exatamente o que a lei busca combater. Em sua postagem, o goleiro do Cruzeiro lamentou a situação:

“Tenho tentado matricular minha filha em diferentes escolas, mas a resposta quase sempre é a mesma: ela não é aceita”, escreveu.

Segundo ele, o mais triste era ouvir negativas de escolas que se apresentavam como “inclusivas”. Inclusive, Cássio explicou que as instituições não aprovavam a presença do profissional que acompanha Maria Luiza em sala de aula.

O goleiro, na época, foi duro em suas palavras:

“Como pai, ver sua filha rejeitada simplesmente por ser autista é algo que corta o coração. Inclusão não é só palavra bonita em propaganda, é atitude”, desabafou.

Com a nova lei, o vereador Ronaldo Tannus, um dos autores, comemorou a mudança.

“A partir de agora, nenhuma escola poderá recusar matrícula, criar exigências adicionais ou cobrar valores diferenciados por motivo de autismo”, escreveu o parlamentar.

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