Impeachment no Corinthians tem mortos na lista de votação
Clube intensifica fiscalização para garantir transparência e evitar fraudes na votação que define futuro de Augusto Melo
Os sócios do Corinthians terão, no próximo sábado, no Parque São Jorge, um dia decisivo para o futuro político do clube. A partir das 9h, no Ginásio Wlamir Marques, será realizada a votação que definirá se o presidente Augusto Melo sofrerá impeachment ou se voltará ao comando da instituição.
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A relação de cerca de 10 mil associados aptos a votar, porém, levantou questionamentos. Afinal, o clube encontrou nomes de sócios já falecidos. A situação, que gerou dúvidas e suspeitas de possíveis fraudes, é tratada pela diretoria e pelo Conselho Deliberativo como algo previsível. Isso porque o clube mantém sócios remidos, isentos do pagamento de mensalidade, e não realiza recadastramento da base há anos.
Apesar disso, a direção garante que o episódio não comprometerá a lisura do pleito. A exigência de apresentação de documento oficial com foto para exercer o voto está sendo vista como suficiente para coibir irregularidades.
Romeu Tuma Jr, presidente do Conselho Deliberativo, afirmou que a fiscalização terá vista grossa, especialmente nas urnas destinadas aos sócios remidos. “Vamos aumentar o controle nessas mesas para garantir que apenas associados em situação regular votem”, declarou.
O Corinthians também já planeja modernizar o processo eleitoral. Para a escolha presidencial de 2026, o clube pretende implementar um sistema de reconhecimento facial no Parque São Jorge, medida que, segundo a direção, dificultará ainda mais qualquer tentativa de fraude.
As eleições decisivas no Corinthians
De acordo com a Comissão Eleitoral, estão aptos a votar neste sábado os sócios com mais de 18 anos, admitidos no clube há pelo menos cinco anos e com as mensalidades em dia até 9 de junho. A expectativa é de que entre 2 mil e 4 mil associados compareçam às urnas. A votação acontecerá com cédulas de papel e se estenderá até as 17h.
Caso o impeachment acabar sendo aprovado, uma nova eleição acontecerá, com participação exclusiva dos conselheiros, para definir o novo presidente. Se a proposta de destituição for rejeitada, Augusto Melo, afastado desde 26 de maio por decisão do Conselho Deliberativo, retomará suas funções.
Nesse período, Osmar Stabile exerce a presidência de forma interina. Além disso, ele pode concorrer ao cargo em caso de impeachment de Augusto Melo.