Betinho Marques: Palavra de presidente não se dilui; é decreto de lei, é cumpra-se
A palavra Sérgio Coelho de não podia ser lançada ao vento. Jamais poderia cair em descrédito. O mandatário precisa ser preservado
Tempos estranhos. Tempos de palavras ao vento, de jogo de palavras, de norte no sul e de poente no nascente. Oxente. Não quero explicar — nem será necessário. Quem é atleticano sabe e sempre soube: palavra de presidente é decreto de lei, é cumpra-se. Mas este tempo anda cheio de redemoinhos.
Ser presidente do Clube Atlético Mineiro é pesado. É ocupar a cadeira mais imponente do estado de Minas Gerais. E, se o mandatário se pronunciar, tudo tem que parar. Presidente do Atlético não “bate biela”; se deve respeito ao presidente do Atlético, mesmo quando não se concorda. Mas presidente do Atlético não pode ser usado em jogo de palavras nem ter sua voz esvaziada.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Pela segunda vez, em pouco tempo, Sérgio Coelho sofre com o que foi gravado e pronunciado. Sabedor de suas nobres intenções em favor dos menos assistidos — e, relembrando, ocupando o cargo mais relevante de uma instituição centenária em Minas — sua palavra não podia ser lançada ao vento. Jamais poderia cair em descrédito.
Mudar de opinião para algo melhor é ser flexível, ajustável, maleável — deveria, portanto, ser um mérito. Mas por que não “tá pegando legal”? Porque os “decretos” anteriores foram muito contundentes, com argumentos categóricos e plenos de certeza. E é justamente isso que não existe neste momento: a certeza. Se não há certeza, não pode haver palavras definitivas como: “vamos ficar aqui” ou “não vai diluir de lá”. Se a torcida não puder crer no presidente, algo está fora do lugar.
Mesmo que digam: “mas você sabe que quem manda é o Rafael Menin”, isso não tira — ou não deveria tirar — a relevância do cargo protetor da associação originária, que tem 117 anos. Um cargo que está ali para, com amizades ou desafetos, defender o Clube Atlético Mineiro acima de tudo e de todos.
Liderança tem de combinar melhor
A honra vale crédito. A palavra vale prestígio. Se a gestão atual do Galo não entender que deve se preservar o presidente Sérgio Coelho por causa do cargo que ocupa.
Fortalecer o presidente do Atlético é torná-lo forte, pujante, altaneiro — como um Galo de briga que defende a Sede de Lourdes e protege a instituição contra o mundo. Ser presidente do Atlético nunca foi missão passiva. Muito pelo contrário: a cadeira é alta para que o Galo cante, que todos ouçam — e CUMPRA-SE o seu canto.
Presidente do Atlético sem brilho e sem função é o mesmo que um Galo sem crista, honra e espora. Quando o presidente do Atlético se pronuncia, é sinal de: — pare o que está fazendo e venha me escutar. Liderar é conhecer os ritos e dar importância com ações e exemplos. Palavra de presidente não se dilui — é decreto de lei, é cumpra-se.
Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Bluesky, Threads, Twitter, Instagram e Facebook.