Calmante mais vendido do Brasil pode causar dependência em idosos; entenda

Calmante mais vendido do Brasil pode causar dependência em idosos; entenda

12:17 | 05/12/2025 Autor Flipar

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O uso irregular do clonazepam, conhecido comercialmente como Rivotril, tem provocado uma dependência silenciosa entre os idosos e ligado um alerta na comunidade científica. — O uso irregular do clonazepam, conhecido comercialmente como Rivotril, tem provocado uma dependência silenciosa entre os idosos e ligado um alerta na comunidade científica. / Crédito: Michal Jarmoluk/Pixabay

Atualmente, o clonazepam é o calmante mais vendido no Brasil. — Atualmente, o clonazepam é o calmante mais vendido no Brasil. Crédito: Wikimedia Commons/Tomino de WS

O uso irregular do clonazepam, conhecido comercialmente como Rivotril, tem provocado uma dependência silenciosa entre os idosos e ligado um alerta na comunidade científica. — O uso irregular do clonazepam, conhecido comercialmente como Rivotril, tem provocado uma dependência silenciosa entre os idosos e ligado um alerta na comunidade científica. Crédito: Michal Jarmoluk/Pixabay

Cerca de 2 milhões de pessoas acima de 60 anos fazendo uso desse medicamento. — Cerca de 2 milhões de pessoas acima de 60 anos fazendo uso desse medicamento. Crédito: Steve Buissinne/Pixabay

Atualmente, o clonazepam é o calmante mais vendido no Brasil. — Atualmente, o clonazepam é o calmante mais vendido no Brasil. Crédito: Wikimedia Commons/Tomino de WS

Somente em 2024, foram vendidas 39 milhões de caixas do remédio, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). — Somente em 2024, foram vendidas 39 milhões de caixas do remédio, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Crédito: Freepik/lipikstokmedia

Cerca de 2 milhões de pessoas acima de 60 anos fazendo uso desse medicamento. — Cerca de 2 milhões de pessoas acima de 60 anos fazendo uso desse medicamento. Crédito: Steve Buissinne/Pixabay

Inicialmente indicado para epilepsia, crises de pânico, ansiedade e distúrbios do sono, o remédio é eficaz e de ação prolongada, mas é preciso tomar cuidado. — Inicialmente indicado para epilepsia, crises de pânico, ansiedade e distúrbios do sono, o remédio é eficaz e de ação prolongada, mas é preciso tomar cuidado. Crédito: Freepik

Somente em 2024, foram vendidas 39 milhões de caixas do remédio, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). — Somente em 2024, foram vendidas 39 milhões de caixas do remédio, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Crédito: Freepik/lipikstokmedia

Isso porque o uso contínuo e sem supervisão tem levado a uma dependência generalizada. — Isso porque o uso contínuo e sem supervisão tem levado a uma dependência generalizada. Crédito: Towfiqu barbhuiya/Unsplash

Inicialmente indicado para epilepsia, crises de pânico, ansiedade e distúrbios do sono, o remédio é eficaz e de ação prolongada, mas é preciso tomar cuidado. — Inicialmente indicado para epilepsia, crises de pânico, ansiedade e distúrbios do sono, o remédio é eficaz e de ação prolongada, mas é preciso tomar cuidado. Crédito: Freepik

“O efeito é rápido e eficaz, e é exatamente isso que o torna perigoso. O medicamento funciona — mas, equivocadamente, passa a ser tomado sem fim, alertou ao g1 o especialista em Medicina do Sono e professor da USP, Alan Eckeli. — “O efeito é rápido e eficaz, e é exatamente isso que o torna perigoso. O medicamento funciona — mas, equivocadamente, passa a ser tomado sem fim, alertou ao g1 o especialista em Medicina do Sono e professor da USP, Alan Eckeli. Crédito: Kevin Bidwell/Pexels

Isso porque o uso contínuo e sem supervisão tem levado a uma dependência generalizada. — Isso porque o uso contínuo e sem supervisão tem levado a uma dependência generalizada. Crédito: Towfiqu barbhuiya/Unsplash

Além disso, o medicamento — de baixo custo e fácil acesso — é frequentemente prescrito de forma inadequada e usado por anos sem acompanhamento, especialmente entre idosos. — Além disso, o medicamento — de baixo custo e fácil acesso — é frequentemente prescrito de forma inadequada e usado por anos sem acompanhamento, especialmente entre idosos. Crédito: Freepik

“O efeito é rápido e eficaz, e é exatamente isso que o torna perigoso. O medicamento funciona — mas, equivocadamente, passa a ser tomado sem fim, alertou ao g1 o especialista em Medicina do Sono e professor da USP, Alan Eckeli. — “O efeito é rápido e eficaz, e é exatamente isso que o torna perigoso. O medicamento funciona — mas, equivocadamente, passa a ser tomado sem fim, alertou ao g1 o especialista em Medicina do Sono e professor da USP, Alan Eckeli. Crédito: Kevin Bidwell/Pexels

Segundo especialistas ouvidos pelo g1, o problema começa muitas vezes quando a insônia é tratada apenas como sintoma, sem foco na causa. — Segundo especialistas ouvidos pelo g1, o problema começa muitas vezes quando a insônia é tratada apenas como sintoma, sem foco na causa. Crédito: Freepik

Além disso, o medicamento — de baixo custo e fácil acesso — é frequentemente prescrito de forma inadequada e usado por anos sem acompanhamento, especialmente entre idosos. — Além disso, o medicamento — de baixo custo e fácil acesso — é frequentemente prescrito de forma inadequada e usado por anos sem acompanhamento, especialmente entre idosos. Crédito: Freepik

Como o efeito do clonazepam pode durar por até 24 horas, tomá-lo de forma contínua pode trazer malefícios. — Como o efeito do clonazepam pode durar por até 24 horas, tomá-lo de forma contínua pode trazer malefícios. Crédito: James Yarema/Unsplash

Segundo especialistas ouvidos pelo g1, o problema começa muitas vezes quando a insônia é tratada apenas como sintoma, sem foco na causa. — Segundo especialistas ouvidos pelo g1, o problema começa muitas vezes quando a insônia é tratada apenas como sintoma, sem foco na causa. Crédito: Freepik

“No idoso, cujo metabolismo é mais lento, esse acúmulo aumenta o risco de confusão mental, quedas e dependência”, afirmou o médico geriatra Pedro Curiati. — “No idoso, cujo metabolismo é mais lento, esse acúmulo aumenta o risco de confusão mental, quedas e dependência”, afirmou o médico geriatra Pedro Curiati. Crédito: Sabine van Erp/Pixabay

Como o efeito do clonazepam pode durar por até 24 horas, tomá-lo de forma contínua pode trazer malefícios. — Como o efeito do clonazepam pode durar por até 24 horas, tomá-lo de forma contínua pode trazer malefícios. Crédito: James Yarema/Unsplash

A dependência se instala porque o organismo desenvolve tolerância — o que leva muitos a aumentar a dose por conta própria —, e o cérebro aprende a relaxar apenas com o remédio. — A dependência se instala porque o organismo desenvolve tolerância — o que leva muitos a aumentar a dose por conta própria —, e o cérebro aprende a relaxar apenas com o remédio. Crédito: Christine Sandu/Unsplash

“No idoso, cujo metabolismo é mais lento, esse acúmulo aumenta o risco de confusão mental, quedas e dependência”, afirmou o médico geriatra Pedro Curiati. — “No idoso, cujo metabolismo é mais lento, esse acúmulo aumenta o risco de confusão mental, quedas e dependência”, afirmou o médico geriatra Pedro Curiati. Crédito: Sabine van Erp/Pixabay

Ao tentar parar, a ansiedade e a insônia podem retornar de forma mais intensa (o chamado efeito rebote). — Ao tentar parar, a ansiedade e a insônia podem retornar de forma mais intensa (o chamado efeito rebote). Crédito: Freepik

A dependência se instala porque o organismo desenvolve tolerância — o que leva muitos a aumentar a dose por conta própria —, e o cérebro aprende a relaxar apenas com o remédio. — A dependência se instala porque o organismo desenvolve tolerância — o que leva muitos a aumentar a dose por conta própria —, e o cérebro aprende a relaxar apenas com o remédio. Crédito: Christine Sandu/Unsplash

Além disso, muitos idosos usam o calmante como uma anestesia emocional para lidar com a solidão, luto e falta de apoio, o que reforça o vício. — Além disso, muitos idosos usam o calmante como uma anestesia emocional para lidar com a solidão, luto e falta de apoio, o que reforça o vício. Crédito: Bruno Martins/Unsplash

Ao tentar parar, a ansiedade e a insÃŽnia podem retornar de forma mais intensa (o chamado efeito rebote). — Ao tentar parar, a ansiedade e a insÃŽnia podem retornar de forma mais intensa (o chamado efeito rebote). Crédito: Freepik

Especialistas são unânimes em afirmar que a interrupção do uso crônico nunca deve ser abrupta, exigindo um desmame lento e supervisionado. — Especialistas são unânimes em afirmar que a interrupção do uso crônico nunca deve ser abrupta, exigindo um desmame lento e supervisionado. Crédito: Hal Gatewood/Unsplash

Além disso, muitos idosos usam o calmante como uma anestesia emocional para lidar com a solidão, luto e falta de apoio, o que reforça o vício. — Além disso, muitos idosos usam o calmante como uma anestesia emocional para lidar com a solidão, luto e falta de apoio, o que reforça o vício. Crédito: Bruno Martins/Unsplash

Especialistas são unânimes em afirmar que a interrupção do uso crônico nunca deve ser abrupta, exigindo um desmame lento e supervisionado. — Especialistas são unânimes em afirmar que a interrupção do uso crônico nunca deve ser abrupta, exigindo um desmame lento e supervisionado. Crédito: Hal Gatewood/Unsplash

Uma alternativa recomendada para problemas de insÃŽnia e ansiedade Ã© a terapia cognitivo-comportamental (TCC), mas ela ainda Ã© pouco acessÃvel pelo SUS. — Uma alternativa recomendada para problemas de insÃŽnia e ansiedade Ã© a terapia cognitivo-comportamental (TCC), mas ela ainda Ã© pouco acessÃvel pelo SUS. Crédito: Fernando FrazÃ£o/AgÃªncia Brasil

Uma alternativa recomendada para problemas de insônia e ansiedade é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), mas ela ainda é pouco acessível pelo SUS. — Uma alternativa recomendada para problemas de insônia e ansiedade é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), mas ela ainda é pouco acessível pelo SUS. Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

Paralelamente, mudanças de hábitos, como atividade física, evitar exposição a telas durante à noite e horários regulares para dormir, podem ajudar. — Paralelamente, mudanças de hábitos, como atividade física, evitar exposição a telas durante à noite e horários regulares para dormir, podem ajudar. Crédito: Freepik/Drazen Zigic

Paralelamente, mudanças de hábitos, como atividade física, evitar exposição a telas durante à noite e horários regulares para dormir, podem ajudar. — Paralelamente, mudanças de hábitos, como atividade física, evitar exposição a telas durante à noite e horários regulares para dormir, podem ajudar. Crédito: Freepik/Drazen Zigic

O geriatra Pedro Curiati, do Hospital Sírio-Libanês, explicou que a tristeza crônica em idosos pode ser confundida com a ansiedade, o que provoca a prescrição equivocada de calmantes. — O geriatra Pedro Curiati, do Hospital Sírio-Libanês, explicou que a tristeza crônica em idosos pode ser confundida com a ansiedade, o que provoca a prescrição equivocada de calmantes. Crédito: JD Mason/Unsplash

O geriatra Pedro Curiati, do Hospital Sírio-Libanês, explicou que a tristeza crônica em idosos pode ser confundida com a ansiedade, o que provoca a prescrição equivocada de calmantes. — O geriatra Pedro Curiati, do Hospital Sírio-Libanês, explicou que a tristeza crônica em idosos pode ser confundida com a ansiedade, o que provoca a prescrição equivocada de calmantes. Crédito: JD Mason/Unsplash

“O tratamento adequado, além do diagnóstico médico, deve ser feito com antidepressivos — que não causam dependência — e, sempre que possível, com terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia, elucidou. — “O tratamento adequado, além do diagnóstico médico, deve ser feito com antidepressivos — que não causam dependência — e, sempre que possível, com terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia, elucidou. Crédito: Freepik/rawpixel.com

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