Ciência elucida mistério de ‘dragão japonês’ achado no século 15

Ciência elucida mistério de ‘dragão japonês’ achado no século 15

07:59 | 03/11/2025 Autor Flipar

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Pesquisadores afirmam ter solucionado o enigma de uma misteriosa criatura mumificada conhecida como — Pesquisadores afirmam ter solucionado o enigma de uma misteriosa criatura mumificada conhecida como "dragão arco-íris", mantida há séculos como uma relíquia no Japão. / Crédito: Reprodução/Office of the Shosoin Treasure House

Guardada no famoso Tesouro Shosoin, localizado na antiga cidade de Nara, a criatura teria sido descoberta em 1429 por Yoshinori Ashikaga, um xogum japonês. — Guardada no famoso Tesouro Shosoin, localizado na antiga cidade de Nara, a criatura teria sido descoberta em 1429 por Yoshinori Ashikaga, um xogum japonês. Crédito: Wikimedia Commons/Creative Commons/あずきごはん

Segundo relatos passados de geração em geração, Ashikaga visitava o templo Todai-ji quando um monge relatou ter avistado um pequeno ser com aparência de dragão, ressecado pelo sol. — Segundo relatos passados de geração em geração, Ashikaga visitava o templo Todai-ji quando um monge relatou ter avistado um pequeno ser com aparência de dragão, ressecado pelo sol. Crédito: Wikimedia Commons/Wiiii

O xogum teria então recolhido os restos mortais e decidido preservá-lo como uma relíquia. — O xogum teria então recolhido os restos mortais e decidido preservá-lo como uma relíquia. Crédito: yamabon/Pixabay

Mas o que parecia um dragão lendário acabou sendo identificado, séculos depois, como algo bem mais... terrestre. — Mas o que parecia um dragão lendário acabou sendo identificado, séculos depois, como algo bem mais... terrestre. Crédito: zhang kaiyv/Unsplash

Um estudo recente revelou que a criatura era, na verdade, uma fêmea de marta — um pequeno mamífero peludo da mesma família das doninhas, comum nas regiões central e sul do Japão. — Um estudo recente revelou que a criatura era, na verdade, uma fêmea de marta — um pequeno mamífero peludo da mesma família das doninhas, comum nas regiões central e sul do Japão. Crédito: Wikimedia Commons/Dani Kropivnik

Os dois pré-molares são claramente visíveis, e essa característica indica que se trata de uma espécie do gênero Martes, indicaram os cientistas. — Os dois pré-molares são claramente visíveis, e essa característica indica que se trata de uma espécie do gênero Martes, indicaram os cientistas. Crédito: Wikimedia Commons/MAKY.OREL

Por meio de análises de raios-X e datação por radiocarbono, os cientistas determinaram que o animal viveu entre os séculos 11 e 12. — Por meio de análises de raios-X e datação por radiocarbono, os cientistas determinaram que o animal viveu entre os séculos 11 e 12. Crédito: Reprodução/Office of the Shosoin Treasure House

Naquela época, o templo Todai-ji passava por reformas, o que leva a crer que a marta tenha entrado no local, ficado presa e, com o tempo, mumificada naturalmente. — Naquela época, o templo Todai-ji passava por reformas, o que leva a crer que a marta tenha entrado no local, ficado presa e, com o tempo, mumificada naturalmente. Crédito: Wikimedia Commons/Hyppolyte de Saint-Rambert

A aparência enigmática do corpo — sem as patas dianteiras — contribuiu para a construção da lenda do dragão, já que seu formato lembrava as representações tradicionais dessas criaturas mitológicas no imaginário japonês. — A aparência enigmática do corpo — sem as patas dianteiras — contribuiu para a construção da lenda do dragão, já que seu formato lembrava as representações tradicionais dessas criaturas mitológicas no imaginário japonês. Crédito: Pixabay/Winston Chen

Encontrada em florestas da Europa e Ásia, a marta é um mamífero ágil, de corpo esguio, patas com garras afiadas e caudas longas. — Encontrada em florestas da Europa e Ásia, a marta é um mamífero ágil, de corpo esguio, patas com garras afiadas e caudas longas. Crédito: Manfred Antranias Zimmer/Pixabay

A pelagem espessa desse animal já foi muito valorizada na indústria de peles, o que levou a espécie a ser caçada intensamente no passado. — A pelagem espessa desse animal já foi muito valorizada na indústria de peles, o que levou a espécie a ser caçada intensamente no passado. Crédito: Andrea Bohl/Pixabay

As martas são animais predominantemente noturnos e excelentes caçadoras. — As martas são animais predominantemente noturnos e excelentes caçadoras. Crédito: Pine Marten (Martes martes), Rothiemurchus by Mike Pennington

Elas se alimentam de pequenos mamíferos, aves, insetos, ovos e também frutas, sendo considerada uma oportunista na dieta. — Elas se alimentam de pequenos mamíferos, aves, insetos, ovos e também frutas, sendo considerada uma oportunista na dieta. Crédito: Wikimedia Commons/Лариса Артемьева

Além disso, as martas são conhecidas por sua inteligência e habilidade em escalar árvores com destreza, além de serem bastante territorialistas. — Além disso, as martas são conhecidas por sua inteligência e habilidade em escalar árvores com destreza, além de serem bastante territorialistas. Crédito: Zdeněk Macháček/Unsplash

Hoje, algumas espécies de martas são protegidas por leis de conservação devido ao risco de extinção em certas regiões. — Hoje, algumas espécies de martas são protegidas por leis de conservação devido ao risco de extinção em certas regiões. Crédito: Georg Wietschorke/Pixabay

As martas apresentam uma característica peculiar chamada de implantação retardada: após o acasalamento, o embrião só se fixa no útero meses depois, fazendo com que o nascimento ocorra em uma época mais favorável do ano, geralmente na primavera. — As martas apresentam uma característica peculiar chamada de implantação retardada: após o acasalamento, o embrião só se fixa no útero meses depois, fazendo com que o nascimento ocorra em uma época mais favorável do ano, geralmente na primavera. Crédito: Dieter/Pixabay

Esses animais têm um papel importante nos ecossistemas florestais, ajudando no controle de populações de roedores e na dispersão de sementes. — Esses animais têm um papel importante nos ecossistemas florestais, ajudando no controle de populações de roedores e na dispersão de sementes. Crédito: Wikimedia Commons/Rushenb

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