Durante o programa Show do Milhão exibido do SBT, uma pergunta considerada fácil deixou até universitários em dúvida: qual era a profissão do ambientalista Chico Mendes.
Diante das opções (cinegrafista, caçador, seringueiro ou pescador), os convidados sugeriram a alternativa errada, e a participante preferiu pular a pergunta.
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A resposta correta era “seringueiro”, já que Mendes iniciou sua trajetória como coletor de látex na infância e tornou-se símbolo da luta pela preservação da Amazônia e pelos direitos dos povos da floresta.
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Francisco Alves Mendes Filho, conhecido como Chico Mendes, é um dos nomes mais importantes da luta ambientalista mundial.
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Nascido no seringal Porto Rico, localizado no município de Xapuri, no interior do Acre, em 15 de dezembro de 1944, ele foi um líder sindicalista seringueiro da Amazônia.
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Em 22 de dezembro de 1988, uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado com um tiro de escopeta quando tomava banho, na parte dos fundos de sua casa, em Xapuri.
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O autor dos disparos foi Darci Alves, filho de Darly Alves, um grileiro de terras da região. Em 1990, os dois foram condenados a 19 anos de prisão. Eles fugiram do presídio em 1993, mas foram recapturados três anos depois.
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Chico Mendes idealizou ao lado de lideranças indígenas a Aliança dos Povos da Floresta, movimento social pela preservação de territórios, recursos naturais e povos da Amazônia.
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O legado de Chico Mendes é mantido por seus três filhos e a viúva, Ilzamar Mendes, com a ONG Instituto Chico Mendes. Em Rio Branco, capital do Acre, um parque ambiental e uma via levam o nome do ativista ambiental.
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Em agosto de 2007, foi criado o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, uma autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente destinada a propor, implantar, gerir, proteger e fiscalizar as unidades de conservação do país.
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A casa em que o líder seringueiro viveu é palco de visitação pública em Xapuri. Em 2007, ela foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O local passou por obras de manutenção e reforma, sendo reaberto em novembro de 2023.
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Em 16 de dezembro de 2013, foi criada a lei 12.892 que declara Chico Mendes patrono nacional do meio ambiente.
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Chico Mendes travava luta contra o desmatamento que afeta o trabalho dos seringueiros da região amazônica. Os seringueiros extraem o látex das árvores seringueiras, material que é transformado na borracha natural.
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Ele tornou-se líder sindical no Acre e juntou-se a outros seringueiros da região em ações de resistência denominadas “empates”, confiscando motosserras e criando obstáculos aos trabalhos dos pecuaristas.
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Além disso, o ex-Beatle Paul McCartney, um dos maiores astros da história da música mundial, compôs uma canção inspirada no ativista brasileiro.
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Paul McCartney lançou a música “How Many People” em 1989 como homenagem a Chico Mendes, assassinado no ano anterior. A faixa faz parte do álbum Flowers in the Dirt, que também conta com colaborações de Elvis Costello e David Gilmour.
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Inspirado pela luta de Chico pela Amazônia, McCartney compôs a canção como forma de refletir sobre injustiças sociais. Em 1990, cantou a música no Maracanã diante de 184 mil pessoas, recorde de público no Rio.
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Anos depois, no documentário Chico Mendes: O Homem da Floresta, Paul declarou que tinha ficado profundamente impactado com a morte do ambientalista . Ele criticou o que considera descaso com quem tenta salvar o planeta.
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Em 1988, ano de sua morte, Chico Mendes recebeu a medalha de meio ambiente da Better World Society, nos Estados Unidos. Três anos antes, ele havia sido premiado com o Global 500 da ONU em reconhecimento por sua luta em defesa da Floresta Amazônica.
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