Na noite de 31 de dezembro de 1988, uma tragédia marítima chocou o Brasil em meio às comemorações pelo Réveillon. A poucos minutos da entrada de um novo ano, a embarcação Bateau Mouche IV afundou entre a Ilha de Cotunduba e o Morro da Urca, no Rio de Janeiro, provocando a morte de 55 pessoas.
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O acidente e suas consequências voltam agora aos holofotes com a nova série documental “Bateau Mouche - o Naufrágio da Justiça”, que estreou na plataforma de streaming Max no dia 18/03.
Crédito: Reprodução HBO MAX
Com três episódios, a série apresenta detalhes do naufrágio da embarcação de turismo, assim como das investigações que sucederam a tragédia.
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A produção, filmada no Rio de Janeiro, traz imagens de arquivo e depoimentos inéditos de sobreviventes, familiares das vítimas, pescadores que participaram dos resgates e especialistas. Personalidades como a jornalista Fátima Bernardes também estão entre os entrevistados.
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A série também reconstitui momentos do acidente com cenas gravadas no mar e em um tanque projetado.
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O Bateau Mouche IV foi uma das embarcações que promoveram um passeio com jantar luxuoso e música ao vivo pelas praias cariocas com o atrativo de ver a queima de fogos em alto mar.
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Antes do embarque, o navio chegou a ser interceptado pela Capitania dos Portos para fiscalização às 22h de 31/12/1988.
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As autoridades portuárias fizeram a contagem de passageiros e liberaram o Bateau Mouche para seguir viagem.
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O barco, que conduzia 142 passageiros, afundou às 23h50, pouco depois de deixar a Baía de Guanabara.
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Minutos depois, duas embarcações se aproximaram para auxiliar no resgate do maior número possível de pessoas.
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Entre as 55 vítimas fatais do acidente esteve a atriz Yara Amaral (1936 - 1988), conhecida por trabalhos em novelas da Globo como “Dancin’ Days”, “Fera Radical” e “Um Sonho a Mais”.
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Semanas antes da catástrofe marítima foi ao ar o último capítulo de “Fera Radical”, novela que acabaria marcando a despedida de Yara Amaral.
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Bernardo Amaral, filho da atriz, é um dos entrevistados da série veiculada pela Max. Malu Mader, que contracenou com Yara em “Fera Radical” e na minissérie “Anos Rebeldes”, também participa do documentário.
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Elisa Gomes, mãe de Yara Amaral, também morreu no naufrágio. Anos depois da tragédia, Bernardo Amaral fundou uma instituição para auxiliar parentes das vítimas.
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As investigações levadas a cabo após o acidente apontaram que houve superlotação do Bateau Mouche IV.
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Laudos da Marinha e da Polícia Civil concluíram não só a superlotação como problemas estruturais devido à má conservação, o que permitiu a entrada de água do mar por meio de escotilhas abertas e também nos banheiros situados no convés inferior.
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Mais de 35 anos após a tragédia, nenhum dos envolvidos está preso e somente uma família das vítimas foi indenizada.
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“São décadas de impunidade. Inúmeros crimes aconteceram sucessivamente nessa história, que, infelizmente, não ficou no passado”, declarou Tatiana Issa, diretora da série, à revista “Veja”.
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Em 1993, a Justiça condenou a quatro anos de prisão em regime semiaberto os sócios da empresa Bateau Mouche Rio Turismo por homicídio culposo, sonegação e formação de quadrilha. No entanto, os três sentenciados - os espanhóis Faustino Puertas Vidal e Avelino Rivera e o português Álvaro Costa - fugiram do Brasil e ficaram impunes.
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