O jequitibá - árvore nativa da Mata Atlântica brasileira - chama atenção pela beleza e pela imponência. E ganha ainda mais destaque por causa do remake da novela "Renascer", exibida na TV Globo.
Crédito: Reprodução de cena Novela Renascer
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na zona sul carioca, chegou a criar um tour por uma trilha na área verde, para destacar a espécie após o lançamento da nova versão da novela.
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Quem visita o Jardim Botânico pode ver cerca de 20 exemplares de jequitibás, o mais alto deles com 31 metros de altura.
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E observar espécimes plantados por personalidades mundialmente famosas, durante visitas ao parque em diferentes épocas. Entre elas, a Rainha Elisabeth da Bélgica, em 1920; e o cantor americano Jack Johnson, em 2011.
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Uma das memórias mais importantes no Jardim Botânico é a visita de Albert Einstein, em 1925. O cientista, um dos gênios da humanidade, ficou impressionado com o gigantismo de um jequitibá . A árvore morreu anos depois. Mas outro jequitibá está no lugar, ainda em crescimento.
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Devido à exploração ilegal em florestas, o jequitibá tem sido uma das espécies prejudicadas. O jequitibá-rosa e o jequitibá-cravino, cobiçados para a fabricação de móveis, estão sob risco de extinção. (Na foto, um jequitibá no Caminho do Ouro, no RJ)
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O nome jequitibá tem origem indígena. Na língua tupi, significa gigante da floresta. Está entre as maiores árvores do Brasil, ao lado de jatobás, angelins e sapucaias.
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Uma curiosidade é que um jequitibá-rosa no Parque Estadual do Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro, em São Paulo, é considerada uma das árvores mais antigas do mundo, com idade estimada em 3 mil anos.
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Os visitantes costumam posar com os braços abertos, junto à árvore, para dar dimensão de sua grandiosidade. São 49 metros de altura e circunferência de 16 metros. Seriam necessárias 10 pessoas de mãos dadas para dar a volta em seu tronco. A árvore se chama Patriarca da Floresta .
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Na novela Renascer, um facão enterrado em frente a um jequitibá simboliza a força do fazendeiro José Inocêncio. Ele vai com o facão até o jequitibá, faz uma reverência à árvore gigantesca e diz: Aqui aos seus pés eu vou plantar minha alma
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Por seu simbolismo como árvore nativa da Mata Atlântica e seu gigantismo, o jequitibá também inspirou compositores em músicas populares no país.
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Existe uma canção chamada Jequitibá, composta por José Ramos, sambista da Mangueira, cuja letra diz O jequitibá do samba chegou, Mangueira é uma floresta de sambistas, onde o jequitibá nasceu. Beth Carvalho gravou.
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A música Saudade de Minha Terra, da dupla sertaneja Milionário e José Rico, também exalta essa espécie de árvore no trecho Cortando o estradão, saio a galopar. E vou escutando o gado berrando. Sabiá cantando no jequitibá
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Os jardins botânicos são espaços onde árvores de diversas espécies são preservadas e estudadas. Os JBs , além de manterem parques abertos à visitação, também são instituições de pesquisa.
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O Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi inaugurado em 1808 e é um dos espaços verdes mais bem preservados da cidade. Ocupa uma área de 54 hectares no bairro de mesmo nome, na zona sul do Rio.
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Além de abrigar 6.500 espécies de flora, algumas ameaçadas de extinção, tem a mais completa biblioteca especializada em botânica do Brasil. E mantém um acervo de 600 mil amostras de plantas desidratadas.
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O Jardim Botânico de São Paulo também tem jequitibás (foto) . Fundado em 1928, fica em Água Funda, e foi oficializado como entidade de pesquisa botânica em 1938. Abriga, inclusive, árvores com risco de extinção.
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