No universo das escolas de samba, existem desfiles que são tão marcantes que tornam-se referências para a agremiação. E ficam para sempre na memória. Vamos relembrar, então, desfiles que costumam ser mencionados como inesquecíveis para as escolas
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Explode coração! / Na maior felicidade! / É lindo o meu Salgueiro! / Contagiando, sacudindo essa cidade . O refrão, que fez um sucesso enorme na voz de Quinho no Salgueiro campeão de 1992, já diz tudo. Até hoje é cantado no carnaval de rua e nas arquibancadas de estádios de futebol.
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A alegria extasiante de Bumbum Praticumbum Prugurundum alçou o Império Serrano ao campeonato indiscutível de 1982. Não teve pra ninguém na Sapucaí. A avenida tremeu. E o samba até hoje é cantado como símbolo da agremiação.
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Em 1988, a Vila Isabel arrasou com Kizomba, a Festa da Raça e conquistou seu 1º título no carnaval carioca. O samba que começava com a expressão Valeu, Zumbi tinha ao mesmo tempo beleza e popularidade. E impulsionou os foliões na avenida, arrebatando a plateia.
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Liberdade, Liberdade! Abre As Asas Sobre Nós foi o enredo da Imperatriz Leopoldinense que levou o título em 1989. O samba de Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir conquistou o público e tornou-se um marco pela melodia e pela letra.
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No mesmo ano, a Beija-Flor ficou em 2º lugar com um desfile antológico, em que colocou fantasias de mendigos na avenida. Joãosinho Trinta surpreendeu com Ratos e Urubus, larguem minha fantasia. E a alegoria coberta por causa da censura à imagem de Cristo na Sapucaí entrou para a memória coletiva..
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Dois anos antes de morrer, o lendário carnavalesco Fernando Pinto fez um de seus maiores carnavais. Era 1985 e o enredo Ziriguidum 2001 fez a Mocidade entrar no século XXI com uma viagem ao espaço sideral. Alegorias em forma de discos voadores foram uma atração e tanto.
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Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar Ao Ver Esse Rio Passar foi a emoção vivida pela Portela, campeã em 2017 após 33 anos de jejum. O carnavalesco Paulo Barros idealizou um desfile sobre as lendas dos rios, que caiu como luva para a maior campeã do carnaval carioca, que passou a somar 22 títulos.
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Em 2002, com um enredo vibrante que enalteceu as belezas e a cultura do Nordeste, a Mangueira não deu chance a ninguém. Brasil com Z é pra Cabra da Peste, Brasil com S é a Nação do Nordeste deu à verde e rosa seu 18º título na história. E que sambão! E que voz do inesquecível Jamelão!
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O inovador carnavalesco Paulo Barros revolucionou o carnaval na Sapucaí com o carro do DNA no enredo sobre os avanços da Ciência em 2004. Ele apostou todas as fichas em alegorias humanas, com coreografias que tornavam os carros vivos. Sucesso esplendoroso.
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Quem não lembra do refrão da União da Ilha em 1989? Eu vou tomar um porre de felicidade Vou sacudir, eu vou zoar toda cidade. O desfile Festa Profana rendeu o 3º lugar à simpática escola carioca, uma das mais queridas do grande público. Mas eternizou um dos sambas mais animados e tocados de todos os tempos. Pura explosão!
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2018 foi um ano inesquecível para a Paraíso do Tuiuti. A modesta escola comemorou como título o vice-campeonato, apenas um décimo atrás da Beija-Flor. Um desempenho histórico para a azul e amarela que arrasou na avenida com o enredo Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão. E com mulher puxando o samba: a bela Grazzi Brasil.
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Em 2020, a Viradouro foi a campeã com o enredo Viradouro de Alma Lavada. E a escola de Niterói lavou mesmo a alma, abocanhando o seu segundo título e quebrando um jejum de 23 anos sem vitória.
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Em São Paulo, também, muita criatividade e beleza. Em 2014, a Mocidade Alegre conquistou o título de tricampeã com um desfile que abordou a fé, a religiosidade e o sobrenatural. Os foliões mergulharam no sentimento e eram verdadeiros atores na apresentação.
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Em 2011, a Vai-Vai conquistou o Anhembi com uma homenagem ao maestro e pianista João Carlos Martins. Apesar de problema de mobilidade numa das mãos, ele enfrentou a dificuldade e é respeitado mundialmente pelo talento e pelo exemplo de superação. A bateria ousou unindo o batuque tradicional ao som de violinos.
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A Acadêmicos do Tucuruvi pediu passagem e mostrou com estilo, em 2013, a trajetória de Mazzaropi, o adorável caipira, 100 anos de alegria, uma lembrança em azul e branco do comediante brasileiro (1912-1981) que marcou o cinema.
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O Império de Casa Verde renasceu em 2016, numa apresentação à altura dos desfiles grandiosos de 2005-2006 que haviam lhe garantido o bicampeonato. E abocanhou mais um título exibindo os mistérios da humanidade. Os tigres gigantescos do carro alegórico foram um grande destaque num desfile repleto de beleza e criatividade.
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A escola Dragões da Real se inspirou no clássico Asa Branca, de Luiz Gonzaga, e misturou samba e baião no Anhembi. Deu liga! O enredo mostrou em 2017 a vivacidade do Nordeste Brasileiro.
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O Maranhão foi o tema da Acadêmicos do Tatuapé em 2018 no desfile que marcou a estreia do carnavalesco Wagner Santos, que é maranhense. Um espetáculo de criatividade e brilho, valorizado ainda mais pela bateria que fez paradinhas ao ritmo de reggae.
Crédito: Divulgação LigaSP Agência Brasil
Em 1995, a Gaviões da Fiel cantou Me dâ mão, me abraça. Viaja comigo pro céu. E foi mesmo uma viagem e tanto. Primeiro título da escola e a consagração de um samba que até hoje é um dos maiores ícones do carnaval paulista. Showzaço!
Crédito: Reprodução YouTube Corinthians Campeão dos Campeões
Oxalá salve a princesa! A saga de uma guerreira negra foi o enredo da Mancha Verde em 2019. A escola retratou a beleza da África, lembrou do tráfico negreiro e exaltou a princesa Aqualtune, avó de Zumbi. Faturou o primeiro título de sua história no Grupo Especial.
Crédito: Divulgação Marcelo Messina Liga SP Agência Brasil
A Águia de Ouro arrebatou o público ao lembrar do talento do sambista João Nogueira (1941-2000 - no detalhe) no desfile de 2013. O filho dele, o cantor Diogo Nogueira(foto), foi destaque e se emocionou com a lembrança do pai.
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A Águia de Ouro foi campeã em 2020 pela primeira vez, ao mostrar a evolução dos homens desde a Idade da Pedra até a era tecnológica. Um passeio pela história que valeu o campeonato inédito para a azul e branca do bairro da Pompeia.
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