Infestação de ‘caramujos africanos’ é perigosa; saiba se proteger 16:55 | 06/05/2024 Autor Flipar Flipar Autor Ver perfil do autor Tipo Notícia Introduzidos no Brasil ilegalmente na década de 1980 para serem criados como alimento, os caramujos africanos são uma grave ameaça à biodiversidade, à economia e à saúde pública. Crédito: J.M.Garg wikimedia commons O caramujo africano, também conhecido como Achatina fulica, é uma espécie exótica invasora originária da África. Crédito: domínio público Caracterizado por sua concha cônica e espiralada, o caramujo africano pode atingir tamanhos consideráveis, com algumas populações alcançando até 20 centímetros de comprimento. Crédito: reprodução vocerealmentesabia Segundo informações da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), as espécies invasoras constituem a segunda maior ameaça à biodiversidade global, ficando apenas atrás do desmatamento. Crédito: Mauistik pixabay Os caramujos africanos foram trazidos para o Brasil como uma alternativa mais lucrativa ao escargot. Crédito: Kadooshka wikimedia commons Herbívoros, os caramujos africanos se alimentam de uma ampla variedade de plantas, incluindo hortaliças, frutas e flores. Crédito: divulgação Fiocruz Eles também podem causar danos a plantações comerciais, como cana-de-açúcar e soja. Crédito: Reprodução/TV Clube Há também o fato de que os caramujos africanos são hospedeiros intermediários de vários parasitas, incluindo o verme causador da meningoencefalite eosinofílica, uma doença que pode ser fatal. Crédito: pixabay A infestação de caramujos africanos está presente em 23 estados brasileiros, sendo os mais afetados os estados do Sudeste e Centro-Oeste. Crédito: claude alleva pixabay Só no Rio de Janeiro, por exemplo, o caramujo africano já foi registrado em 57 dos 92 municípios do estado. Crédito: Reprodução/TV Globo O controle da infestação de caramujos africanos não é uma tarefa simples. O primeiro passo conscientizar a população acerca dos riscos da espécie. Crédito: R. Winkelmann pixabay Outras medidas possíveis são: a vigilância epidemiológica para identificar e monitorar focos de infestação; o controle mecânico, realizado por meio da coleta e eliminação dos caramujos; Crédito: Josep Monter Martinez pixabay Outra possibilidade é o controle químico, realizado por meio da aplicação de produtos químicos autorizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Crédito: divulgação governo EUA O Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz é uma instituição no Brasil que atua na pesquisa e identificação do caramujo africano, visando compreender e controlar os riscos associados a essa espécie invasora. Crédito: Karla Tauil/Wikimedia Commons A prevenção da infestação é a melhor forma de controle. Para isso, é importante que a população tome medidas para evitar a entrada e a disseminação dos caramujos africanos. Crédito: Reprodução/TV Globo Algumas dessas medidas de prevenção incluem: não comprar caramujos africanos para consumo; não liberar caramujos africanos na natureza; manter quintais e jardins limpos e livres de entulhos e não descartar lixo em terrenos baldios. Crédito: Reprodução/TV Globo Ao identificar a presença de um caramujo, é recomendável se recolha os animais e seus ovos, sempre com as mãos protegidas por sacos plásticos ou luvas. Feche bem o saco. Crédito: reprodução brasilescola Em seguida, é necessário quebrar as conchas para evitar a eclosão dos ovos, fazer um buraco no solo e cobri-lo com cal. Se forem achados só ovos, o procedimento deve ser o mesmo. Crédito: Reprodução/TV Globo Na África, o habitat de origem do caramujo gigante, existem patógenos como bactérias, fungos e parasitas que naturalmente controlam essa população. Crédito: Reprodução/TV Globo No Brasil, onde o caramujo gigante não é uma espécie nativa, os estudos ecológicos sobre esse molusco ainda estão em estágios iniciais, e nossas perspectivas são baseadas em experiências de outros países, como os Estados Unidos e a Índia. Crédito: Reprodução/TV Globo Em certas regiões da Índia, onde a introdução do caramujo gigante ocorreu há mais de um século, não foi observado nenhum declínio nas populações desses moluscos. Crédito: Reprodução/TV Globo No Havaí, a explosão da população do caramujo africano ocorreu poucos anos após a sua introdução na década de 30. Crédito: Reprodução/TV Globo Atualmente, embora não tenham sido erradicados no país, exemplares gigantes desses caramujos já não são mais tão comuns, e a população desse bicho diminuiu consideravelmente. Crédito: Reprodução/TV Globo Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente Tags Notícias