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Soldado Noélio diz que votação é iniciativa "politiqueira"

Uma das lideranças dos policiais amotinados, o deputado afirma que a anistia pedida não é para quem cometeu crimes, mas para transgressão disciplinar
13:29 | Fev. 29, 2020
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De acordo com o deputado Soldado Noélio (PROS), uma das lideranças dos policiais amotinados, a votação deste sábado na Assembleia, sobre a proibição de anistia aos PMs, é uma iniciativa "politiqueira". "(Politização) há de ambas as partes. Isso aqui é um ato politiqueiro. O Governador, está previsto em lei, pode conceder ou não a anistia. Então para quê isso? Essa ação é meramente política", disse. 

Sobre a anistia, o parlamentar afirma que os policiais não querem perdão para quem "cometeu crimes". "Se alguém, individualmente, cometeu alguma ilegalidade, que seja punido com o rigor da lei. O que estamos pedindo é anistia administrativa para transgressão disciplinar, que é o policial que faltou o serviço ou que, eventualmente, tenha ofendido um comandante ou uma autoridade", afirmou Noélio. Para ele, "essas coisas mais leves, mais brandas, precisam ser anistiadas". 

Caso haja aprovação da PEC na Assembleia, Soldado Noélio garante que o movimento continuará. Ele diz lamentar que a Casa não tenha tido um papel intermediador no processo, e que só "reprima e diga como se todos (os policiais) fossem bandidos e marginais". "Lá (no batalhão ocupado pelos policais) nós temos um policial militar que perdeu a perna defendendo o povo do Ceará. Esse policial é bandido? Ele merece ser tratado como bandido? São os mesmos policiais que ajudaram a reduzir 50% da violência no Estado".  O líder dos policiais amotinados disse ainda que, mesmo que o "Governo vença na política, perderá na prática". Ele cita que o Estado terá policiais com depressão e trabalhando "a 10 por hora".  

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O parlamentar criticou ainda o fato de a Comissão de negociação não aceitar os nomes sugeridos pelos policiais para intermediação (que incluía o ex-deputado cabo Sabino e o presidente da Associação Nacional dos Praças, soldado Prisco). E pede que, ao invés de "se combater os efeitos" da paralisação, é preciso "analisar as causas". Soldado Noélio pondera que o Governo atua na ilegalidade ao não estipular a carga horária dos policiais que, segundo ele, estaria prevista em lei de 2008. 

 

Com informações do repórter Filipe Pereira

 

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